Luís Rosa

Luís Rosa

Siga nas redes
Opinião

Com esse desânimo, Palmeiras corre risco de nem ir à Libertadores

Recheada de feitos positivos, a era Abel Ferreira ganhou uma marca negativa que escancara o momento caótico que vive o Palmeiras, dentro e fora de campo. Ao perder para o Atlético-MG, por 2 a 0, nesta quinta-feira, no Allianz Parque, o Verdão chegou à quarta derrota seguida neste Campeonato Brasileiro.

Isso não acontecia desde a edição de 2020. Após perder para Ceará, Botafogo e Coritiba, o então treinador Vanderlei Luxemburgo foi demitido. Na quarta queda, diante do Fortaleza, o time foi dirigido interinamente por Andrey "Cebola" Lopes, que depois venceu Atlético-GO e Atlético-MG antes da chegada de Abel Ferreira.

A comissão técnica portuguesa estreou com vitória, no dia 8 de novembro, sobre o Vasco da Gama, em São Paulo.

Com quase três anos de gestão vitoriosa, é verdade, este é, disparado, o pior momento do Palmeiras. Fruto de decisões equivocadas no montagem do elenco, de uma política centralizadora e egocêntrica da presidente Leila Pereira, que deixou o ambiente ainda mais pesado em sua entrevista coletiva desastrosa, na quarta-feira da última semana.

Dessa maneira, a torcida "abandonou" o time, com o pior público da temporada. Foram 27.718 pagantes, e do jeito que o desânimo tomou conta do time, a tendência é diminuir ainda mais a presença dos torcedores nos próximos jogos como visitante.

Essa torcida, não só os membros das organizadas, xingou Leila Pereira em várias momentos antes de a bola rolar, levou um duro golpe com menos de dois minutos quando Hulk abriu o marcador.

Como o Palmeiras está acima de pessoas, os torcedores fizeram o seu papel e incentivaram o time, que sem a presença de Abel Ferreira, suspenso, em nenhum momento deu a impressão de que faria valer o coro de o "Palmeiras é o time da virada, Palmeiras é o time do amor".

Pelo contrário, com a tática de jogar no erro do adversário, o Galo se fechou na defesa no segundo tempo, deixou o Palmeiras com a bola e bastou um erro para, em um contragolpe fulminante, Paulinho saiu livre do campo de defesa e, na risca da grande área, finalizou com perfeição e acertou o meio do gol.

Com a quarta derrota seguida, o Palmeiras deixa o G-4 após 23 rodadas, ou seja, não está mais entre os quatro com vaga garantida à fase de grupos da Taça Libertadores.

Continua após a publicidade

Presença frequente no torneio continental desde 2016, a obsessão dos torcedores palmeirenses começa a correr sérios riscos de não fazer parte no calendário de competições do ano que vem.

A vaga à próxima Libertadores é o que restou para esse elenco, que há duas semanas flertou, mas fracassou na tentativa de alcançar a terceira final do torneio nas últimas quatro edições.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Deixe seu comentário

Só para assinantes