Apressado, corro o enorme risco de queimar a língua com este Palmeiras
Após o massacre do Palmeiras sobre o São Paulo, no clássico que terminou em 5 a 0, achei um tanto exagerada a comemoração, afinal, apesar do resultado histórico, a equipe estava com poucas chances de brigar com o 'título do Campeonato Brasileiro.
O equívoco da minha parte, com críticas de muitos leitores, infelizmente com ofensas, por eu ter usado o termo "derrocada no semestre", foi não se atentar que fazer previsões no futebol brasileiro é um convite para virar besta ou bestial.
Está aí esse Palmeiras de Abel Ferreira, que completou três anos no comando nesta semana, mostrando o quanto está enraizada a mentalidade vencedora, de sair do buraco e acreditar que, enquanto existir um fio de esperança, é possível conquistar qualquer objetivo.
Só assim é o caminho para entender como um time, que terminou em desvantagem de 3 a 0 no primeiro tempo, com gols de Eduardo,Tchê Tchê e Júnior Santos, saiu aliviado, afinal foi pouco pela produtividade do adversário, buscasse uma virada épica no segundo tempo.
Classificação e jogos
Tudo isso comandado por um garoto de 17 anos. Endrick decidiu com dois gols e o cruzamento para Gustavo Gómez, que deu a assistência para Flaco López empatar a partida.
É bom frisar que, aos 37 minutos da etapa final, quando tinha a vantagem de um jogador a mais e perdia por 3 a 1, o adversário teve uma penalidade para "matar" a partida.
A defesa do goleiro Weverton no arremate do artilheiro Tiquinho Soares valeu mais que um gol.
O golpe de misericórdia veio no gol do zagueiro Murilo, no 4 a 3, que sacramentou a quarta vitória consecutiva nessa arrancada palmeirense.
Se no fator confiança, os botafoguenses estão abalados, na tabela de classificação, o Botafogo tem gordura. São 59 pontos contra 56 dos palmeirenses, e com uma partida a menos.
O problema é que os palmeirenses sabem lidar muito mais com a pressão do que os botafoguenses, que nunca venceram o Brasileirão na era dos pontos corridos.
Da minha parte, fica aqui o enorme o risco de queimar a língua com esse Palmeiras.
Isso se chama futebol, o esporte que nos brinda com o imprevisível e cada vez mais precisamos respeitar o poder de superação de quem acredita em algo aparentemente impossível.
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