Luís Rosa

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Com 'treino de luxo', City coloca Flu na roda e é campeão mundial

Foi tão fácil a conquista do clube inglês que deu a impressão de que a equipe foi à Arábia Saudita apenas para cumprir um contrato comercial para realizar dois amistosos caça-níqueis, em meia à temporada europeia, por ser campeão da Liga dos Campeões.

Calma, caro leitor, essa é apenas uma forma simples que encontrei para ilustrar como foi fácil para o Manchester City, que fez o suficiente para anotar 4 a 0 no Fluminense, e levantar a taça que faltava para a galeria de títulos.

Tudo isso, é importante frisar, é loucura comparar, como muitos fizeram, a qualidade técnica de um time europeu contra um brasileiro, mesmo com todos os méritos do futebol praticado pelo Fluminense, que tentou encarar o rival de igual para a igual, mas não deu para provocar estragos.

Se na disputa da semifinal, na terça-feira, contra o Urawa Reds-JAP, que terminou em 3 a 0, o primeiro gol só saiu aos 46 minutos da etapa inicial, contra o Tricolor carioca, o banho de água fria aconteceu aos 40 segundos.

No erro do lateral esquerdo Marcelo, quatro vezes campeão com o Real Madrid, Ake aproveitou o descuido, emendou de fora da área, e a bola explodiu na trave direita de Fábio. No rebote, de peito, Julián Álvarez marcou de peito.

Da série recordar é viver, foi assim, de peito, que o técnico Pep Guardiola ganhou o seu primeiro dos quatro títulos, no torneio realizado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Na prorrogação contra o Estudiantes-ARG, no dia 19 de dezembro de 2009, Lionel Messi, também com o peito, fez o 2 a 1 que deu o primeiro título Mundial ao Barcelona.

Além dessa conquista e a desta sexta-feira, Guardiola venceu com o Barcelona em 2011 na goleada por 4 a 0 sobre o Santos. O terceiro aconteceu com o Bayern de Munique, em 2013, no 2 a 0, diante do Raja Casablanca, em Marrakesh, no Marrocos.

A diferença de recursos técnicos já era conhecida, mas o Flu deu uma ajuda ainda maior para o City. No cruzamento de Phil Foden, Nino tentou tirar de carrinho, mas, no seu desvio, a bola encobriu o goleiro Fábio.

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Com 2 a 0, impossível alguém pensar que o Fluminense teria condições de ao menos empatar.

Assim, sem forçar muito, no segundo tempo, no cruzamento de Julián Álvarez, Phil Foden anotou o terceiro. Estrela, o argentino transformou o "treino de luxo" em goleada e fechou o placar.

Feitos marcantes

Ao conquistar pela quarta vez o Mundial de Clubes, Guardiola se tornou o treinador com mais títulos do torneio.

Outro destaque é o argentino Julián Álvarez, que, aos 40 segundos do primeiro tempo, fez o gol mais rápido em uma final de Mundial de Clubes.

O atacante entra no seleto grupo de jogadores que foram campeões da Taça Libertadores, pelo River Plate, e da Liga dos Campeões.

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Pelo clube argentino, o jogador de 23 anos também conquistou a Recopa Sul-Americana e o Campeonato Argentino.

Com o City, teve a Supercopa da Europa, o Campeonato Inglês, a Copa da Inglaterra.

Com a camisa do seu país, Julián Álvarez, no ano passado, ajudou no título da Copa do Mundo, no Qatar, e faturou a Copa América no Brasil.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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