Luís Rosa

Luís Rosa

Siga nas redes
Opinião

Com fim do tabu, Thiago Carpini ganha moral gigantesca no São Paulo

O técnico Thiago Carpini, 39 anos, passou com louvor no seu primeiro teste como treinador do São Paulo. O que o torcedor tricolor mais esperava, enfim, aconteceu, e o clube finalmente venceu o Corinthians na Neo Química Arena.

É preciso salientar que o placar, por 2 a 1, foi pouco pelo que o Tricolor produziu no estádio do Timão, onde nunca havia vencido.

Porém, por duas chances criadas após o 2 a 0 e, no final da partida, após o gol do garoto Arthur Souza, nos acréscimos do segundo tempo, ficou no ar um clima de que poderia sair o empate.

Inaugurado em 2014, os dois times se enfrentaram pela primeira vez no dia 21 de setembro daquele ano. Nos 18 jogos anteriores, foram 11 vitórias do Alvinegro e sete empates.

O trabalho de Thiago Carpini neste início de temporada tem sido facilitado por pegar um elenco entrosado, com a confiança conquistada pelo título da Copa do Brasil e dar sequência ao que foi feito por Dorival Júnior, que deixou o clube e assumiu a Seleção Brasileira.

Soma-se a isso, as contratações deixaram o elenco são-paulino com mais opções táticas. A melhor delas é o veterano Luiz Gustavo, autor do gol da vitória sobre a Portuguesa, no último sábado, e repetiu a dose, ao voltar com o time para a etapa final e anotar o segundo gol do clássico, que tirou qualquer possibilidade de reação do Corinthians.

Por mais que a história do Majestoso apontar um favorito é muito arriscado, com a bola rolando a diferença técnica e de confiança entre os times logo se mostrou gigantesca.

Assim, o triunfo começou a ser construída em uma jogada de sincronia perfeita, que começou no lançamento de Wellington Rato para a disparada de Calleri, que não perdoou na área do goleiro Cássio.

Se estava bom, ficou muito melhor quando o VAR chamou o árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo. Na análise das imagens, uma chegada mais dura do jovem zagueiro Caetano ao experiente atacante Luciano. Pior para o Corinthians que ficou com um homem a menos.

Continua após a publicidade

Na etapa final, o São Paulo, graças a mais um lançamento de Wellington Rato, agora em cobrança de escanteio, Luiz Gustavo cabeceou livre de marcação e abriu 2 a 0.

Para entender como a fase de um time acontece coisas ruins. No chute do criticado Yuri Alberto, a bola bateu na trave. Depois, em uma bola cara a cara, o garoto Wesley não diminuiu porque Rafael fez ótima defesa.

O próximo desafio pode deixar Carpini como estrela. Basta que o São Paulo vença o Palmeiras, no próximo domingo, na final da Supercopa do Brasil, que será disputada no estádio do Mineirão.

E agora, Mano?

A situação do técnico Mano Menezes ficou ainda mais complicada. São três derrotas seguidas, com direito a quebra de um tabu para um dos maiores rivais.

A culpa não pode ser apenas jogada nas costas do treinador. Essa nova administração, comandada pelo presidente Melo, está reformulando o elenco e não dá para montar um elenco competitivo do dia para a noite.

Continua após a publicidade

Basta ver a diferença também entre as opções no banco de reservas. Enquanto o São Paulo, por exemplo, contou com jogadores experientes, como é o caso de Luiz Gustavo, Nikão e Ferreirinha, Mano teve que apelar para garotos com pouquíssima rodagem de bola como profissionais.

Se for olhar para que os garotos podem produzir, o golaço de Arthur Souza dá um fio de esperança, mas nunca pode ser uma opção confiar que os jovens talentos são a solução para os problemas do elenco profissional.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Deixe seu comentário

Só para assinantes