Luís Rosa

Luís Rosa

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Opinião

Brasil revive velhos problemas no ataque e só empata com a Costa Rica

A primeira partida em uma competição oficial na era do técnico Dorival Júnior já acendeu o sinal de alerta. Na Copa América, com sede nos Estados Unidos, a Seleção Brasileira martelou, mas não conseguiu superar a retranca da Copa Rica e terminou no empate sem gols.

O sinal de alerta é porque a Costa Rica, um freguês histórico da Seleção Brasileira, é o adversário que tem menos recursos técnicos, entre Brasil, Colômbia e Paraguai, os outros times que formam o Grupo D. Neste confronto sul-americano, os colombianos venceram os paraguaios por 2 a 1.

Além disso, o empate também joga uma forte pressão. Afinal, esse elenco teve três semanas de preparação e vinha com confiança de bons jogos na excursão na Europa nos jogos contra Inglaterra (vitória por 1 a 0) e Espanha (empate em 3 a 3), em março, e depois nos duelos contra México (vitória por 3 a 2) e Estados Unidos (empate 1 a 1).

O maior problema do Brasil foi não ter dito eficiência nas finalizações. Com amplo domínio das ações, a Seleção Brasileira no primeiro tempo até marcou o gol, mas foi anulado com a ação do árbitro de vídeo, que viu pênalti no arremate do zagueiro Marquinhos.

Na etapa final, o mais lúcido da equipe, o meia Lucas Paquetá carimbou a trave do goleiro Sequeira.

O técnico Dorival Júnior precisa encontrar soluções para ter um jogador que fique mais fixo no centro do ataque. O trio ofensivo, Rodrygo, Vinícius Júnior e Raphinha procuraram mais servir, tentar dribles ou cruzamentos do que finalizar em gol. Dessa maneira, ficou fácil a tarefa da retaguarda adversária.

A entrada de Endrick, que pouco pegou na bola, e Savinho nos lugares, respectivamente, de Vinicius Júnior e Raphinha, até deu um novo gás para o ataque, mas a pressão não foi traduzida em finalizações mais perigosas.

Uma olhada nos números ajuda a entender a falta de efetividade. O Brasil arriscou 14 finalizações, mas só três acertaram o alvo. Preocupada em se defender, a Costa Rica, que nos 11 jogos anteriores acumulou dez derrotas e uma vitória, não arriscou nenhum arremate ao gol de Alisson.

Agora, pressionada, a Seleção Brasileira encara o Paraguai na próxima sexta-feira. No mesmo dia, a Colômbia vai medir forças contra a Costa Rica.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Deixe seu comentário

Só para assinantes