Luís Rosa

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Opinião

Espanha sai de incógnita a favorita ao título da Eurocopa

Comandada Lamine Yamal, um garoto de 16 anos, que vai jogar a decisão um dia após completar 17 anos, a Fúria chega à decisão da Eurocopa confiante, bem armada e que proporcionou o melhor futebol apresentado na Alemanha.

Basta ver como a Fúria não se intimidou em sair em desvantagem no gol do atacante Kolo Muani, aos 9min do primeiro tempo, e virou em quatro minutos, com o golaço de Yamine Lamal, aos 21 minutos e depois com Dani Olmo, com a ajuda de Jules Kounde.

Na final do próximo domingo, a Espanha aguarda o vencedor de Inglaterra e Holanda, que jogam nesta quarta-feira. Caso vença o oponente, os espanhóis saltarão para quatro títulos e ficarão isolados em conquistas da Eurocopa.

A soma de experiência com a juventude são as marca desta Espanha. Assim, Yamine Lamal teve o que precisava para desabrochar e virar sensação na Europa. O garoto do Barça, que é o maior garçom do torneio com três passes para gols, se tornou o jogador mais jovem a anotar um gol em uma Eurocopa.

Da série recordar é viver, o gol foi uma espécie de "vingança". Na semifinal do Campeonato Europeu Sub-17, no ano passado, Yamal, camisa 10 da Espanha, fez um gol parecido e empatou o duelo com a França. Porém, no decorrer da etapa final, os franceses levaram a melhor e venceram por 3 a 1.

Empatado com quatro gols, ao lado do companheiro Marc Guiu e dos alemães Paris Brumer e Robert Ramsak, Yamal terminou como artilheiro do torneio.

Para quem apontava a Espanha como incógnita, com um técnico com pouca rodagem (Luis De La Fuente) em competições adultas, mas com sucesso na base, a situação muda quando se avalia o que esse grupo fez até chegar à decisão.

Na escalação da Fúria que começou a partida contra a França, seis jogadores iniciaram a final da Liga das Nações, quando, em junho de 2023, a Espanha ficou com o título ao vencer a Croácia, nos pênaltis, por 5 a 4.

Além de Dani Olmo e Lamine Yamal, Cucurella, Nacho e Nico Williams não estavam no grupo.

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Depois, no considerado grupo da morte, a Espanha passou sem sustos por Croácia (3 a 0), Itália (1 a 0) e Albânia (1 a 0), quando já estava classificada. Nas oitavas de final, um passeio sobre a zebra Geórgia (5 a 1).

No que foi considerada uma "final antecipada", o duelo mais duro. Nas quartas de final, contra os donos da casa, a Alemanha, a Espanha saiu na frente com Dani Olmo no primeiro tempo, sofreu pressão no segundo tempo e levou o empate de Wirtz, aos 44 minutos.

Como é um elenco que cresceu ao longo da competição, a Espanha foi cirúrgica na prorrogação e venceu graças ao gol de Merino, aos 14min da etapa final do tempo extra.

Contra uma França, a Espanha chegou como favorita e não se intimidou mesmo saindo em desvantagem. Agora, seja contra Holanda ou Inglaterra, que não fizeram nenhum bom jogo no torneio, a Espanha vai carregar esse favoritismo, mas isso só até a bola rolar.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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