Luís Rosa

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Opinião

Com repertório paupérrimo, Palmeiras se vê de novo em uma enrascada

O técnico Abel Ferreira tentou outra formação para tentar fazer o seu Palmeiras ser um time mais bem organizado taticamente e competitivo. A aposta não deu certo, e o Verdão perde do Botafogo, por 2 a 1, e agora terá que melhorar muito para conseguir se manter vivo na Copa Libertadores.

Na próxima quarta-feira, no Allianz Parque, o Palmeiras precisa vencer, no mínimo, por dois gols de diferença para se classificar às quartas de final do torneio sul-americano. Caso reverta com vitória por um gol, a vaga será decidida em cobranças de penalidades.

Ao Botafogo, o empate ou qualquer vitória é o que basta para seguir na competição continental.

Nesta sequência de jogos decisivos, o técnico Abel Ferreira busca soluções no elenco, que, mesmo com os reforços, não vem respondendo. Em um recorte, desde o dia 1º de julho, quando bateu o Corinthians, por 2 a 0, em casa, o Palmeiras realizou 13 partidas, entre Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Libertadores.

Como dono da casa, além do Corinthians, o Palmeiras venceu Bahia, Atlético-GO, Cruzeiro e perdeu para o Vitória, essas apresentações pelo Nacional. Outro triunfo foi amargo, contra o Flamengo, no duelo de volta da Copa do Brasil, o que não foi o suficiente para se classificar às quartas de final.

Nos outros jogos, nenhuma vitória como visitante. Em confrontos pelo Brasileirão, caiu diante do Fluminense e Botafogo, e empatou com Grêmio, Internacional e Flamengo.

O saldo conhecido disso é que os palmeirenses estão a cinco pontos do líder Botafogo (43 a 38).

Muito em função dessa oscilação é que o técnico Abel Ferreira tem mexido bastante na escalação, que nesta quarta-feira, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, foi formada por uma aposta mais ofensiva. A principal mudança foi o recuo de Raphael Veiga para jogar como um segundo volante.

O problema gritante foi notado na execução, com erros de passes primários, mal posicionamento sem a bola, principalmente dos três zagueiros, em linha, sem um na sobra, e pouquíssima criatividade no setor ofensivo.

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Soma-se a isso um Botafogo bem mais ligado e com inteligência nos lançamentos, como aconteceu no primeiro gol, anotado pelo atacante Luiz Henrique, que, antes, assuntou em uma bela arrancada e errou o alvo por pouco.

Em um raro erro de tomada de decisão do goleiro John, o Palmeiras entrou no jogo e empatou com Maurício.

Entretanto, o Botafogo seguiu o plano tático de paciência à espera de um bote fatal, que veio no lançamento de Marlon Freitas para Igor Jesus, que aproveitou o descuido do jovem zagueiro Vitor Reis e anotou o 2 a 1.

Para a segunda etapa, Abel Ferreira tentou com as substituições aumentar o poder de fogo. A irritação do treinador foi gritante, quando Flaco López tentou um lançamento longo para ninguém. Obra de um time que não conseguia trocar passes no setor ofensivo.

Nas mexidas, só Estêvão, que voltou ao time após se recuperar de contusão, conseguiu um lampejo, mas não apareceu nenhum companheiro na pequena área para empurrar para as redes.

O que deixa um certo alívio é que o Botafogo foi pouco ofensivo e preferiu segurar o resultado. Tanto que o goleiro Weverton teve pouco trabalho.

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Porém, o time botafoguense, como aconteceu no jogo do Brasileirão, mostrou ter mais repertório do que o Palmeiras e vai com uma boa vantagem para a decisão de quarta-feira.

Do outro lado, o que acontece na era Abel Ferreira, que ostentava 17 partidas de invencibilidade de jogos da Libertadores, vai depender, de novo, do esforço da sua torcida para resgatar que é o "time da virada".

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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