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Marília Ruiz

Marília Ruiz: 'Espero uma mudança de postura", diz presidente do São Paulo

21/01/2021 13h15

O day after da pior derrota do São Paulo em seu estádio, que coincidiu com a perda da liderança do Brasileiro-20, começou com uma série de reuniões de avaliação e contenção da crise. A primeira resolução do encontro que reuniu a nova cúpula do clube e do futebol foi a manutenção de Fernando Diniz no banco de reservas no jogo contra o Coritiba, sábado, de novo Morumbi.

"O Diniz continua, mas espero uma mudança de postura", disse ao BLOG Júlio Casares, presidente do São Paulo.

Muricy Ramalho, novo coordenador de futebol do clube, e Carlos Belmonte, novo diretor da pasta, vão se reunir com Diniz ainda hoje para falar das estratégias para o jogo. Casares também irá ao CT, conversará com atletas e comissão técnica, mas não participará da conversa "técnica".

"Foi uma derrota muito dura, mas ainda estamos na disputa. Temos totais condições de nos recuperar. Ninguém aqui está achando que não aconteceu nada, claro que não. Estamos tão chateados quantos os torcedores. Por isso precisamos nos recuperar. E isso passa pela mudança de postura", afirmou Casares.

Integrantes da reunião desta manhã ouvidos por essa colunista tentaram "definir" o que significa exatamente a mudança esperada: a avaliação não é de problemas de relacionamento (a questão Tchê Tchê e Diniz teria sido superada); a avaliação não é de que a nova direção bagunçou o departamento (a permanência de Raí e a parceria rapidamente bem resolvida com Muricy Ramalho são consideradas dois trunfos); a avaliação é que a mudança esperada é mesmo de postura tática.

Quem são hoje os "chefes" de Diniz que podem ajudá-lo nesta mudança? Muricy e Raí!

Apesar dos elogios rasgados a idéia de jogo de Diniz, ela foi apontada como principal fator para instabilidade dos jogadores. A série de erros de passes e saídas de bola precisam ser contida. Assim, acreditam os dirigentes, os jogadores passariam a retomar a confiança. Outro ponto muito repetido foi um diagnóstico "preocupante", mas restrito a 20 dias da nova administração: ausência de uma liderança mais madura.

Diniz fica. Mas aquela história que ele seria o técnico de 2021 com qualquer resultado no Brasileiro caducou.