Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
O recado da CBF aos descontentes: não se metam nos meus negócios
Neste eterno Fla x Flu em que estamos vivendo e dividindo todos os assuntos da nossa vida, optamos nesta semana para dar espaço para disputa entre Time Lisca, que defendeu a paralisação PARCIAL do futebol no país, e o Time Renato Gaúcho, que (grosseiramente falando) defendeu que o futebol pode continuar porque os protocolos são bons.
Bem, há nos argumentos para que a gente torça pelos dois. Não é impossível querer que o futebol continue com algumas concessões. Concessões que todas os setores da economia precisaram fazer para continuar funcionando desde que o coronavírus mudou a vida como ela era.
Mas aqui no Brasil o futebol tem dono. E um dono pouco flexível para dizer o mínimo.
Enquanto vocês da imprensa, do Twitter e do IG se digladiam como se necessário fosse estar sempre em algum extremo da questão, a frase da semana, senhores, foi a resposta dada pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, ao pleito de Lisca.
"Entendemos que qualquer pleito ele deva submeter ao presidente do seu clube", afirmou Caboclo ao Blog Rodrigo Mattos.
E o chefe, o presidente do América-MG, não se meteu a reclamar do calendário, da tabela, do sorteio da Copa do Brasil.
Entendam bem o recado de Caboclo para Lisca (bem parecido como o recado atravessado dado ao palmeirense Albel Ferreira há uma semana: não se meta com assunto dos chefes).
Simples, duro, direto. É a fotografia do futebol brasileiro controlado numa lógica de suserania e vassalagem onde os bobos da corte não têm vez.
Aliás, os bobos podem continuar se dividindo de forma tola e inútil entre o Lisca e o Renato.
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