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Marília Ruiz: CBF quer comprar vacina e descarta novo auxílio emergencial
Em pauta no colégio de líderes da Câmara dos Deputados hoje, o projeto de lei que flexibiliza regras para que empresas privadas possam comprar vacinas interessa à CBF. Ao BLOG, Rogério Caboclo, presidente da entidade, confirmou que tem interesse em comprar doses de imunizante contra a covid-19.
O projeto relatado pela deputada Celina Leão (PP-DF) já teve algumas vezes o texto modificado para diminuir a oposição de alguns partidos e pode, em caso de acordo entre dos deputados, ser votado ainda nesta terça em regime de urgência. Se aprovado, o texto vai indicar que a empresa privada que comprar a vacina terá que seguir as regras do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde - obedecendo, assim, a ordem dos grupos prioritários.
"Estamos acompanhando as discussões no Congresso e, caso seja liberado, sim temos interesse em comprar vacinas para o futebol", disse em entrevista exclusiva Caboclo, que estará em Brasília nesta semana para acompanhar a final da Supercopa do Brasil entre Flamengo e Palmeiras.
Se a compra das vacinas ainda como plano de ajuda ao futebol, que sofre economicamente com as restrições impostas pela pandemia, não se pode dizer que a CBF pensa o mesmo sobre repetir o "auxílio emergencial" oferecidos em 2020 a clubes e federações no início da quarentena.
"Fizemos isso no ano passado quando do 'susto' causado pela 'paralisação das máquinas'. Todos fomos surpreendidos. No total, a CBF gastou R$ 525 milhões. R$ 170 em antecipações de cotas a juros zero e doações. Todos os clubes que tinham cotas e dinheiro a receber, de contratos de longo prazo, puderam retirar esses valores sem desconto. Todos que puderam, que não tinhas cotas bloqueadas, fizeram isso. Incluindo os mais clubes mais ricos. Não fizemos diferença também com as federações, que receberam os mesmos valores. Doamos para times das séries C e D, para arbitragem e para o futebol feminino. Neste ano, ainda não achamos que é o caso", afirmou o presidente da CBF, que aposta na manutenção das competições como algo que vai manter os clubes recebendo das TVs, patrocinadores e outros mantenedores.
No mês passado, em reunião virtual, os clubes de diversas divisões decidiram seguir disputando todas as competições previstas no calendário apesar do agravamento da pandemia e das restrições impostas por alguns governos estaduais. Em vazamento revelado pelo jornalista Venê Casagrande, Caboclo diz aos filiados que os clubes estão "perdidos financeiramente" (não foi exatamente com essa elegância) e que ele vai mandar no futebol.
"Estamos seguindo do jeito que está sendo possível. O que os clubes não têm é bilheteria. Mas isso infelizmente será assim, apesar da ideia de alguns. Não pode ter público em 2021. Está no regulamento das nossas competições", finalizou o cartola.
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