Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Neymar faz 30, e vocês precisam aceitar que ele é o que escolheu ser
Neymar chega aos 30 anos. De menino-prodígio a astro de série no Netflix, ele chegou onde queria. Aceitem. É milionário. É uma celebridade. É bem-sucedido. É famoso. É o 10 da Seleção há quase trezentos anos...
Aceitem: deu tudo certo. Ele está onde queria estar.
Talvez por carisma, talvez por temperamento, talvez pelos títulos conquistados (troféus individuais e coletivos), talvez por protagonismo de fato: aceitamos, com um tiquinho de pesar (é verdade), que Ronaldinho Gaúcho jogou o quanto quis. Escolha dele, vida dele.
Por que não conseguimos aceitar o mesmo do mais talentoso jogador brasileiro que surgiu neste século? Por quê?
Porque lhe falta carisma?
Por que lhe faltam títulos individuais?
Por que lhe falta uma Copa?
Por que faltam gols decisivos na Seleção?
Não faz muito tempo que Neymar desabafou (de novo). Disse que não sabia quanto mais jogaria. Disse que a Copa-22 seria a sua última. Mas a verdade verdadeira do desabafo estava em outra frase: disse que não sabia mais o que fazer para ser reconhecido, amado, querido, reticências...
O que falta a Neymar?
Ele está onde o pai dele planejou. Cercado de parças e aplausos, ele é bem-sucedido, milionário, influencer e 10 da Seleção há trezentos anos.
Vocês precisam aceitar. É isso. Deu tudo certo.
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