Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Marluci: A desconstrução de Renato Gaúcho chama a atenção na derrota
A desconstrução de Renato Gaúcho é o que chama a atenção na derrota do Flamengo para o Palmeiras na final da Libertadores. O técnico já entrou em campo com a corda no pescoço, esculhambado nas redes sociais pela própria torcida, unanimidade nas críticas, cabisbaixo. Suas chances de reverter o quadro eram mínimas, teria que reinventar a bola para sair nos braços rubro-negros.
As goleadas que fizeram o treinador decolar se desfizeram aos poucos nesses pouco mais de quatro meses. Criaram em algum momento a ilusão de que o Flamengo era mesmo a melhor equipe do continente e levaria para a Gávea os troféus do Brasileiro, da Copa do Brasil, da Libertadores. Era um futebol alegre, e o comandante motivador e boa praça cumpria seu papel de unir o escrete e recuperar jogadores sem confiança. Um substituto perfeito para Rogério Ceni.
Do nada, o bolo desandou. Renato não conseguiu tornar imbatível o valioso elenco que caiu no seu colo. Nem chegou perto disso. Esperava-se mais do time, e neste fim de temporada ficou claro que as engrenagens do departamento de futebol não funcionaram. O desgaste individual minou a força do time. Os jogadores foram sucumbindo, sem gás e pálidos. Há muito a ser aperfeiçoado no Flamengo. O calendário é puxado principalmente para quem vai disputar título em todas as frentes, é preciso planejar.
Crucifica-se Renato pelo que deu errado, e há alguma injustiça nas cobranças. Renato perdeu a decisão da Libertadores na prorrogação, vendo seu time sofrer o gol definitivo em uma falha horrorosa de Andreas Pereira. Mas a cicatriz do fracasso não foi feita somente em Montevidéu. A ferida foi aberta antes, quando se levantou a absurda hipótese de ele ter ajudado o Grêmio no empate em 2 a 2 do último dia 23. Renato não merece tanto rancor.
Coisas do futebol. Renato vai ter que encontrar outro caminho, um novo pouso. Do Flamengo, ele não leva nenhuma alegria, e a recíproca é verdadeira.
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