Além do treinador: Corinthians vê Renato Gaúcho como "escudo"

O Corinthians deposita neste momento todas as fichas na tentativa de convencer Renato Gaúcho a assumir o posto deixado por Vagner Mancini. Não quer apenas um novo treinador de ponta para arrumar a casa. Quer um "escudo" para abafar as eventuais crises.

Apesar de evitar grandes loucuras financeiras neste momento, como, por exemplo, pagar perto de R$ 1 milhão/mês (recebia cerca de R$ 1,2 milhão/mês no Grêmio) e prometer reforços de peso, a diretoria alvinegra sabe que vai precisar pelo menos abrir um pouco o bolso para avançar com a negociação: nunca menos que R$ 500 mil/mês.

O presidente Duilio Monteiro Alves e o diretor Roberto de Andrade reconhecem que a contratação de Renato vale o investimento, visto que pagavam aproximadamente R$ 300 mil/mês para Mancini: além de contar com a aprovação de boa parte da torcida, o ex-treinador do Tricolor Gaúcho tem o perfil ideal para "assumir a bronca", assim como aconteceu em Porto Alegre nos últimos anos. É cascudo.

Antes de sondar concretamente outros nomes mais viáveis no mercado da bola, especialmente Sylvinho, que internamente é visto como o "plano B" mais forte, os dirigentes do Timão pretendem fazer novas conversas com o empresário Gerson Oldenburg, o Gauchinho, que cuida há anos cuida da carreira de Renato Gaúcho. É esperado, inclusive, que o próprio treinador venha a participar da próxima reunião.