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Pressionado, Jorge Jesus está no olho do furacão no Benfica
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Suspeito de "crimes de burla qualificada ao Fundo de Resolução Bancária do Estado" e "fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais", além de ter desviado dinheiro do próprio Benfica, o presidente Luís Filipe Vieira segue detido e, nesta sexta-feira, resolveu pedir afastamento provisório do cargo que ocupa desde 2003, o que caiu como uma bomba dentro do clube.
Mesmo que por tempo indeterminado, o desligamento de Vieira das funções diretivas coloca uma pressão ainda maior em cima de Jorge Jesus, que há meses tem sido alvo de duras críticas de sócios, torcedores e também jornalistas, visto que falhou todos os objetivos disputados na temporada passada - a maior decepção foi, sem dúvida, a queda precoce na fase eliminatória da Liga dos Campeões.
Amigo pessoal e de longa data do presidente, Jesus vê agora o planejamento da equipe ser diretamente afetado pelos problemas internos. As negociações (saídas e entradas) de jogadores, por exemplo, estão congeladas neste momento. O treinador português tem também a necessidade de servir de "para-raios" entre o futebol e a política dos encarnados.
Com as ações em queda na bolsa, tendo perdido já 7 milhões de euros (R$ 43,5 milhões) nas últimas horas, e a necessidade antiga de reduzir a folha salarial, sobretudo com a venda de atletas, o Benfica aposta todas fichas (financeiras) na participação na fase de grupos da Liga dos Campeões, o que garante um encaixe de pelo menos 40 milhões de euros (R$ 250 milhões) - independentemente do avanço às fases de mata-mata.
Nos bastidores da Luz, o sucesso na fase eliminatória da edição 2021/22 da competição europeia (no começo do agosto) é encarado por muitos como divisor de águas para Jorge Jesus, que tem contrato até junho de 2022. Um novo tropeço pode, sim, ditar a demissão do ex-treinador do Flamengo, visto que, além da revolta do ponto de vista esportivo, automaticamente os investimentos (dentro e fora do campo) vão ter que diminuir.
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