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Negócios de 15 brasileiros no Benfica são investigados pelo MP de Portugal
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O Ministério Público e a Polícia Judiciária de Portugal estão investigando supostas ilegalidades em 55 negociações do Benfica, entre 2010 e 2020, sendo 15 casos envolvendo jogadores brasileiros. Há suspeitas de benefícios indevidos no pagamento de comissões para agentes e intermediários.
O processo em andamento está diretamente ligado ao ex-presidente encarnado Luís Filipe Vieira, que, inclusive, chegou a ser detido em 2021, e também a quatro empresários de futebol: os portugueses Bruno Macedo e Ulisses Santos, o uruguaio Isidoro Gimenez e o brasileiro Giuliano Bertolucci.
De acordo com as apurações da Operação Cartão Vermelho, cujos avanços foram dados com escutas telefônicas e recuperação de documentos oficiais, o antigo mandatário do clube português teria recebido de volta, por meio de offshores e compra de imóveis, parte dos valores pagos em luvas de contratações e renovações contratuais. Fala-se no desvio de mais de 10 milhões de euros (cerca de R$ 65 milhões, na cotação atual).
Os negócios com os jogadores brasileiros são: Luís Filipe (ex-Palmeiras), Talisca (ex-Bahia), Jardel (ex-Avaí e Santos), Jonas (ex-Santos, Grêmio e Valencia), Pedrinho (ex-Corinthians), Everton (ex-Grêmio), Morato (ex-São Paulo), Lucas Veríssimo (ex-Santos), Lima (ex-Avaí e Santos), Pedro Henrique (ex-Anápolis), Gabriel (ex-Resende), Marçal (ex-Grêmio e Guaratinguetá), Emerson Conceição (ex-Lille e Atlético-MG), Guilherme Siqueira (ex-Atlético de Madrid) e César Martins (ex-Ponte Preta e Flamengo). Os atletas em questão não têm qualquer envolvimento com a investigação.
A lista completa, com 55 nomes, tem aquisições de peso, como, por exemplo, o belga Alex Witsel, os espanhóis Nolito e Raul de Tomas, o alemão Julian Weigl e marroquino Adel Taarabt.
As compras de Pedrinho, Everton, Morato e Lucas Veríssimo, que foram os últimos brasileiros mais conhecidos contratados pelos encarnados, envolveram no total o pagamento de pouco mais de 4 milhões de euros (cerca de R$ 26 milhões) em comissões.
O Ministério Público de Portugal já pediu o levantamento das contas bancárias de todas as empresas, cerca de uma dezena delas em sociedades offshore, com as quais o Benfica teve negócios.
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