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Diretor na guerra complica movimentações do Dínamo de Kiev no mercado

Dínamo de Kiev é o atual campeão da liga ucraniana - DeFodi Images/DeFodi Images via Getty Images
Dínamo de Kiev é o atual campeão da liga ucraniana Imagem: DeFodi Images/DeFodi Images via Getty Images

Bruno Andrade

Colunista do UOL

08/03/2022 11h25

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A guerra na Ucrânia levou milhares de homens e mulheres a se juntarem ao exército na luta contra a invasão da Rússia. Há, inclusive, profissionais ligados ao futebol incluídos. Anatoly Volk, diretor de futebol do Dínamo de Kiev, é um deles.

Assim como boa parte dos ucranianos entre 18 e 60 anos, que foram obrigados a permanecer no país pelo presidente Volodymyr Zelensky, Volk desconsiderou a ideia de ficar em casa ou num abrigo antibomba. Resolveu ir para a linha de frente na batalha.

Desde que tomou a decisão de pegar numa arma e defender o país frente aos ataques do inimigo russo, o dirigente, obviamente, deixou o trabalho de lado. Não está tratando nos últimos dias de nada relacionado ao clube, que é o atual campeão nacional.

Sem Anatoly Volk por perto, o Dínamo de Kiev pouco colocou em discussão e ainda não definiu qualquer movimentação concreta no mercado da bola, nem mesmo agora que a Fifa autorizou a possibilidade de suspensão dos contratos até 30 de junho dos jogadores estrangeiros, que, em regime de exceção, podem ser negociados com qualquer lado do mundo até o dia 7 de abril.

Hoje, o Dínamo conta com cinco "gringos" no elenco profissional, sendo o principal deles o brasileiro Vitinho, cuja transferência no começo da temporada foi fechada em aproximadamente 5 milhões de euros (R$ 27,5 milhões) - o clube ucraniano ainda precisa pagar 2 milhões de euros (R$ 11 milhões) ao Athletico Paranaense pelo acordo.

À espera de um posicionamento sobre uma eventual negociação, o jovem atacante de 22 anos está no Brasil desde a semana passada. Tem recebido várias sondagens, entre elas do Botafogo e do próprio Athletico, mas qualquer passo para avançar com um acordo (empréstimo ou venda) depende do aval oficial do Dínamo de Kiev e também de um posicionamento jurídico detalhado, para, assim, não sofrer qualquer retaliação no futuro.

Com 13 brasileiros no grupo, o rival Shakhtar Donetsk, por exemplo, vive uma realidade diferente nos bastidores. Mesmo com o foco na guerra, o clube mais vitorioso da Ucrânia nos últimos anos tem conversado frequentemente com os jogadores e os respectivos empresários, tendo, inclusive, autorizado informalmente a busca por propostas. Por garantia, também pagou de forma antecipada o salário dos atletas.