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Raphinha: da teoria à prática da evolução

Raphinha é o mais novo reforço para o ataque do Barcelona - Masashi Hara/Getty Images
Raphinha é o mais novo reforço para o ataque do Barcelona Imagem: Masashi Hara/Getty Images

Colunista do UOL

13/07/2022 09h31

Do Avaí para o Vitória de Guimarães. Do Vitória de Guimarães para o Sporting. Do Sporting para o Rennes. Do Rennes para o Leeds. Do Leeds para a seleção brasileira e, agora, para o Barcelona.

A evolução de Raphinha é das mais impressionantes e exemplares da história do futebol brasileiro. Sim, da história. É a escala mais didática para explicar a resiliência no esporte que gera, constrói e destrói sonhos com a mesma intensidade e agressividade.

Não basta apenas ter e aprimorar dons e características favoráveis. Não basta estar no lugar certo e ser treinado pelas pessoas certas. Não basta lidar com bons empresários. Ter suporte familiar, cabeça no lugar e persistir são fundamentais para o sucesso.

O Raphinha que chegou à Europa, ainda com 19 anos para defender o time B do Vitória de Guimarães, é na sua essência o mesmo que hoje, aos 25 anos, está reforçando um dos maiores e mais vencedores clubes do mundo.

Nada caiu do céu. Foi pensado. Riscos foram calculados. Preferiu, por exemplo, não ser vendido pelo Rennes ao término da primeira temporada. Quis permanecer, crescer e buscar voos ainda maiores. Recusou o Chelsea, porque tinha a ambição de jogar no Barcelona.

O futebol está longe, muito longe de ser uma ciência exata. É uma arte que vez ou outra acaba por ser o retrato fiel do próprio artista.