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CR7 'cozinhou' o Al Nassr por dois meses e vai ganhar quase R$ 3 bilhões
Cristiano Ronaldo segurou a proposta do Al Nassr por mais de dois meses. As negociações começaram bem antes da Copa do Mundo de 2022, onde o craque acabou no banco de reservas na fatídica eliminação de Portugal nas quartas de final diante do Marrocos.
Aos 37 anos, Ronaldo, inclusive, rescindiu contrato por mútuo acordo com o Manchester United, no dia 22 de novembro, tendo já em mãos boa parte dos detalhes do acerto multimilionário com o clube da Arábia Saudita.
No futebol saudita, entre salário, prêmio de assinatura e ações comerciais pré-definidas, CR7 vai ganhar aproximadamente 500 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões) por um vínculo com duração de dois anos e meio.
O "sim" de Cristiano Ronaldo demorou a ser dado porque havia a expectativa do surgimento de fortes interessados na Europa, o que acabou por não acontecer. O pífio desempenho no Qatar decretou de vez o afastamento dos grandes clubes.
As portas no Velho Continente, na verdade, estavam fechadas desde junho, quando o atacante resolveu deixar a Inglaterra. Na altura, o empresário Jorge Mendes não teve sucesso nas investidas no mercado da bola, especialmente com Atlético de Madrid, Bayern de Munique e Barcelona.
Incomodado com as recusas, muitas delas de forma pública, Ronaldo foi se afastando de Mendes, com quem trabalhava desde o início da carreira, e deixou, então, o amigo e braço direito Ricardo Regufe buscar o novo desafio profissional - com suporte do experiente dirigente português Antero Henrique. Foi Ricky, como é conhecido nos bastidores, que intermediou o negócio com o Al Nassr.
O "rompimento" com o influente agente da Gestifute ocorreu dias antes da bombástica entrevista de Cristiano Ronaldo ao jornalista britânico Piers Morgan, onde revelou, por exemplo, não respeitar o treinador holandês Erik ten Hag. Mendes sempre foi contra o bate-papo.
Depois de semanas de conversas e ajustes contratuais, que tiveram também a participação do dirigente luso-brasileiro Marcelo Salazar, CR7 enfim aceitou o desafio de ser uma espécie de "embaixador" do futebol da Arábia Saudita.
A midiática contratação era um sonho antigo do príncipe saudita Abdulaziz bin Turki Al-Faisal, que também é Ministro dos Esportes do país. Um negócio que vai ser financiado em boa parte pela Liga Saudita e tem contornos geopolíticos e sociais.
"Isso é mais do que história a ser feita. Esta é uma contratação que não apenas vai inspirar o nosso clube a alcançar um sucesso ainda maior, mas também a nossa liga, a nossa nação e as gerações futuras, meninos e meninas, a serem a melhor versão de si mesmos", anunciou o Al Nassr.
Na nova casa, o veterano atacante vai seguir usando a famosa camisa 7, ser dirigido pelo treinador francês Rudi Garcia, ex-Lyon e Roma, e dividir, a princípio, o vestiário com dois brasileiros: o volante Luiz Gustavo, ex-Bayern de Munique e Wolfsburg, e Talisca, ex-Bahia, Benfica e Besiktas.
Atualmente, o time da capital Riade conta com oito estrangeiros no elenco principal - é o número limite na Liga Saudita. Por isso, pelo menos um deles vai precisar sair (há ainda, por exemplo, o goleiro colombiano David Ospina, o meia-atacante argentino Pity Martínez, e o atacante camaronês Vincent Aboubakar).
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