Botafogo atrasa FGTS e prêmios de assinatura e pode perder jogadores

O Botafogo tem convivido nos últimos meses com sérios problemas financeiros e não está longe de ver a crise estourar de vez nos próximos dias. Boa parte do elenco principal está com vencimentos em atraso, especialmente em valores relativos ao FGTS e também aos prêmios de assinatura (luvas).

O Glorioso não deposita o Fundo de Garantia de alguns jogadores, entre eles, por exemplo, o goleiro Lucas Perri, desde o começo do segundo semestre do ano passado. Com isso, corre o sério risco de vê-los pedindo por meio da Justiça a rescisão contratual de forma unilateral - a lei permite o rompimento do vínculo a partir do terceiro mês consecutivo em falta.

Avisado pelos dirigentes apenas no começo desta semana, John Textor, dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, comunicou nos bastidores que vai quitar muitas das dívidas ainda em março. A promessa foi feita depois que, segundo o investidor norte-americano, o clube conseguiu antecipar uma das parcelas da recente venda de Jeffinho para o Lyon - a negociação foi fechada em 10 milhões de euros (R$ 55 milhões, na ocasião).

Os reforços que chegaram do exterior na temporada passada, como o zagueiro Adryelson, o lateral Marçal, o meia-atacante Carlos Eduardo, entre outros, estão sem receber desde o ano passado as parcelas diluídas nos salários dos respectivos prêmios de assinatura. Os valores em questão foram acertados em moeda estrangeira (dólar).

Alguns empresários também foram afetados diretamente pelos problemas no fluxo do caixa no Botafogo. Os intermediários pela contratação do zagueiro argentino Victor Cuesta, que está emprestado pelo Inter e tem uma proposta do Bahia, até agora não receberam a totalidade das comissões.

Posição do Botafogo

O blog pediu um posicionamento oficial do Botafogo sobre os atrasos, mas, por enquanto, não recebeu uma resposta. O lado do clube carioca vai ser prontamente inserido assim que houver um contato.