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'De um mês pra cá o que mudou?': bastidores da conversa de Diniz e Ednaldo

A conversa final entre Ednaldo Rodrigues e Fernando Diniz hoje (5) para definir a saída do técnico da seleção brasileira foi tensa. Muito incomodado com a postura da CBF no processo da sua saída, Diniz retrucou os argumentos de Ednaldo para sua demissão, justificada pela busca de um agora treinador efetivo - o profissional do Fluminense foi contratado como interino.

"Mas você não me fez um convite, como sabe?", retrucou Diniz - essa informação foi publicada inicialmente pela ESPN Brasil.

Ednaldo argumentou que tinha um compromisso firmado com Mario Bittencourt e Paulo Angioni, presidente e diretor do Fluminense, respectivamente, de não tirá-lo do Tricolor para virar treinador efetivo. Por isso, não poderia lhe fazer um convite. Diniz contestou novamente o fato de não ter sido consultado.

Além disso, Diniz questionou Ednaldo: "há um mês você me disse que estava respaldado e que os resultados ruins não iriam interferir no trabalho. De um mês para cá o que mudou?". A seleção está na sexta colocação das Eliminatórias, com duas vitórias, um empate e três derrotas em seis jogos sob comando de Diniz.

Presidente do Flu comunicado primeiro

Ednaldo comunicou primeiro Mario Bittencourt da demissão de Fernando Diniz. O dirigente do Tricolor, então, avisou Diniz da saída. Só depois disso o mandatário da CBF entrou em contato com o treinador, quando houve essa conversa tensa.

O presidente da CBF argumentou que tinha feito uma promessa a Mario de não tirar Diniz do Flu de forma definitiva.

A maneira como o processo foi conduzido causou grande incômodo. Ednaldo falou em buscar um novo treinador efetivo para Seleção, em entrevista à "Veja", antes de resolver o futuro de Diniz.

Ainda ontem (4), portanto antes da conversa entre Ednaldo e Diniz, também se tornou público o interesse na contratação de Dorival Junior, técnico do São Paulo.

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Ednaldo desgastado

A confirmação da renovação de Carlo Ancelotti no Real Madrid desgastou a imagem de Ednaldo, após o presidente sustentar que tinha um acordo com o italiano. Pessoas próximas ao dirigente dizem que ele teria "liberado" Ancelotti a renovar após ser afastado do cargo.

Ednaldo foi reconduzido ao cargo de presidente da CBF por uma liminar do ministro do STF Gilmar Mendes - ele estava afastado por uma decisão do TJ-RJ.

Paralelamente, antes de Ednaldo ser reconduzido à presidência, havia articulações políticas pelo poder da CBF.

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