Bruno Andrade

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ReportagemEsporte

Flamengo: Filipe Luís recusou ser auxiliar de Jorge Jesus por três vezes

Escolhido para substituir Tite e dirigir o Flamengo neste momento de forma interina, Filipe Luís por muito pouco não foi trabalhar como auxiliar de Jorge Jesus, com quem dividiu o dia a dia no próprio Rubro-Negro e com quem até hoje nutre uma relação de grande amizade e admiração.

No começo de 2023, quando já se preparava para pendurar as chuteiras, o ex-lateral-esquerdo, então em atividade na equipe carioca, foi convidado por Jesus para integrar a comissão técnica do Fenerbahçe. Porém, o desafio na Turquia não foi levado adiante.

Apesar do insucesso na primeira tentativa, Jesus insistiu e tentou convencer Filipe Luís em mais duas oportunidades. Ambas as investidas aconteceram já no Al-Hilal, onde o português desembarcou em junho de 2023.

O segundo convite foi feito logo após Jesus ser anunciado pelo clube da Arábia Saudita. Na ocasião, o ex-jogador estava comandando o time sub-17 do Flamengo. Meses depois, já na equipe sub-20, voltou a dizer "não" para o seu antigo treinador.

As três negativas consecutivas, no entanto, nunca atrapalharam o relação entre Filipe Luís e Jorge Jesus. Pelo contrário. A dupla conversa semanalmente por telefone e, consequentemente, troca informações sobre questões técnicas e táticas do futebol brasileiro e mundial.

"Ele [Filipe Luís] tem ideias bem claras para as suas equipes, um perfil muito bem definido como treinador. Entende bastante do jogo e trabalhou com excelentes treinadores, tendo bebido um pouco de todos eles, como Diego Simeone e Jorge Jesus. Ainda quando era jogador, ao terminar os treinos e os jogos, queria sempre tentar entender o que havia acontecido. E mais: tinha uma autocrítica impressionante e anotava tudo", revelou Márcio Sampaio, ex-auxiliar de Jesus no Flamengo, Benfica, Fenerbahçe, Al-Hilal, entre outros.

"É um cara muito 'chato', no bom sentido [risos]. Ele sempre queria saber o motivo de tudo, tudo mesmo. 20 repetições? Por que não 15? Cinco séries? Por que não dez? Trabalho de força hoje? Por quê? Era sedento por conhecimento, por dados, por números. Queria saber tudo em detalhes. Aconteceu por diversas vezes, inclusive, de ligar para o Jorge Jesus depois dos jogos para debater o que havia acontecido", completou.

Reportagem

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