Al-Hilal vai discutir em janeiro possível rescisão de Neymar
O Al-Hilal já discute nos bastidores a possibilidade de negociar a saída de Neymar em janeiro de 2025. Até lá, o clube vai avaliar ao pormenor a evolução física e clínica do jogador e, não menos importante, ponderar os prós e os contras de retirar um dos oito estrangeiros acima de 21 anos da lista de inscritos na Liga Saudita para então colocar o brasileiro.
Recuperado da grave lesão no joelho esquerdo (ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco), o atacante voltou a jogar no começo desta semana, diante do Esteghlal, pela Champions League da Ásia, mas sentiu dores musculares na coxa direita e precisou ser substituído. Vai ficar parado entre quatro a seis semanas.
O problema muscular com o camisa 10 estava "previsto" pelo departamento médico. Não houve assim grande surpresa. No entanto, os dirigentes têm cada vez mais dúvidas sobre a real utilização do craque nos seis jogos restantes da atual temporada 2024/25 - coincide com a reta final de contrato do atleta (vínculo válido até junho de 2025).
Meses atrás, o Al-Hilal cogitou negociar Renan Lodi para abrir vaga para Neymar na Liga Saudita. A ideia foi abortada. De lá pra cá, o lateral-esquerdo brasileiro cresceu de produção e hoje é um dos principais destaques da equipe de Jorge Jesus. Todos os outros sete estrangeiros com mais de 21 anos também têm sido fundamentais para o técnico português: o marroquino Bono (33), os portugueses João Cancelo (30) e Rúben Neves (27), o senegalês Koulibaly (33) e os sérvios Milinkovic-Savic (29) e Mitrovic (30), além do brasileiro Malcom (27).
Mais recentemente, a Liga Saudita abriu a possibilidade de cada clube da primeira divisão inscrever mais dois jogadores de fora. Porém, ambos precisam ter até 21 anos. O Al-Hilal acabou por contratar o jovem atacante brasileiro Marcos Leonardo, ex-Santos, que foi comprado do Benfica por 40 milhões de euros.
A questão financeira é outro fator que causa discussão no futuro de Neymar. O clube de Riade pagou 90 milhões de euros para tirar o brasileiro do PSG em agosto de 2023 e, na sequência, acertou o pagamento de um salário astronômico de 160 milhões de euros por temporada. Desde que chegou à Arábia Saudita, o atacante de 32 anos fez apenas sete jogos oficiais, com um gol e duas assistências.
Para reduzir o prejuízo nos cofres e também não afetar a gestão do elenco de Jesus, que, a princípio, não pretende abrir mão dos principais titulares, a diretoria do clube azul e branco começou a estudar, mesmo que de forma discreta, uma saída do camisa 10 no próximo mercado de janeiro. A depender do contexto, uma rescisão por mútuo acordo seria o processo mais natural.
Ainda na visão do Al-Hilal, uma saída amigável facilitaria o retorno do craque para o futebol brasileiro. Internamente, o jogador, inclusive, admitiu por diversas vezes o desejo de um dia voltar para o país de origem, sendo que a preferência passa por defender novamente o Santos, onde foi revelado, ganhou destaque internacional e está entre os maiores ídolos da história.
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