Bruno Andrade

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OpiniãoEsporte

Apesar de incômodo, Abel trabalha para cumprir contrato no Palmeiras

"Poucas reações. Sem inspiração. Semblante fechado. Quase como se tivesse entregado os pontos".

Foi assim que comecei a minha coluna logo depois da derrota do Palmeiras para o arquirrival Corinthians. Achei mesmo Abel Ferreira irreconhecível na Neo Química Arena.

Sim, ainda avalio assim a performance (!) do técnico português praticamente durante toda a partida. É a minha impressão. É o meu olhar. Cada um enxerga de uma forma.

Até por isso, o texto publicado já perto da madrugada de segunda-feira foi inserido como "opinião", não como "reportagem", como costumo fazer quando escrevo essencialmente sobre mercado da bola.

Mesmo sendo algo mais opinativo, também coloquei, é bem verdade, informações que já havia recolhido dias antes: o incômodo de Abel com o contexto da equipe e também com ele mesmo.

Escutei, sim, que o português poderia - por decisão própria - cogitar a saída do Palmeiras em dezembro, um ano antes do término do contrato válido até dezembro de 2025. Seria uma opção (favor, aqui, não confundir com dado adquirido e/ou irrefutável).

Dentro do clube há mesmo quem tenha essa sensação. Isso, então, acaba por servir como informação. Foi isso, aliás, que resolvi incluir na minha opinião. Uma espécie de termômetro do momento.

Obviamente, o texto naturalmente correu bastante. Não surpreende, visto que estamos falando do maior técnico da história alviverde e dos maiores de sempre a trabalhar no Brasil. Alguém, inclusive, que respeito imensamente e conheço desde os tempos de Portugal.

Com tamanha repercussão, outras fontes fizeram questão de me procurar para rebater a ideia de que Abel Ferreira tem ponderado "abandonar o barco" no fim deste ano.

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São contatos credíveis e respeitosos. Alguns já conheço há anos. Na sequência disso, fiz uma nova ronda de contatos para ajudar a compreender melhor o ponto crucial em questão.

Do lado de Abel, apesar da chateação com o tropeço diante do maior rival, a mensagem que passam é frontal e direta: ele não pretende romper o contrato em dezembro. Não tenho porque não acreditar nisso agora.

Mantenho a minha (mera) opinião sobre a postura dele no clássico e também o desgaste cada vez mais visível, sobretudo com a torcida. Ponto. Porém, fica o registro sobre a parte contratual e, consequentemente, sobre o futuro do técnico português. Fica aqui a correção.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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