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Al-Hilal toparia saída de Neymar, mas Fundo Soberano é quem vai decidir

Se depender apenas do desejo do Al-Hilal, Neymar vai ter mesmo o caminho livre a partir de janeiro para sair, numa eventual rescisão contratual - o vinculo atual termina em junho de 2025.

Internamente, o clube saudita vê o brasileiro como dispensável e, sobretudo, tem muitas dúvidas sobre a condição médica e física do jogador para os seis meses restantes da temporada - e consequentemente do contrato.

Neste momento, a equipe comandada pelo português Jorge Jesus não cogita retirar um estrangeiro dos inscritos na Liga Saudita para, então, registrar o camisa 10. Ficar fora da lista seria um passo fundamental para o desenrolar do rompimento entre as duas partes envolvidas.

Meses atrás, o Al-Hilal, vale lembrar, cogitou negociar Renan Lodi para abrir vaga para Neymar. A ideia foi abortada. De lá pra cá, o lateral-esquerdo brasileiro cresceu de produção e hoje é um dos principais destaques do time. Todos os outros sete gringos com mais de 21 anos também têm sido fundamentais para Jesus: o marroquino Bono (33), os portugueses João Cancelo (30) e Rúben Neves (27), o senegalês Koulibaly (33) e os sérvios Milinkovic-Savic (29) e Mitrovic (30), além do brasileiro Malcom (27).

O futuro de Neymar, no entanto, está nas mãos do Fundo Soberano da Arábia Saudita. O PIF é dono de 75% do Al-Hilal e, se achar por bem manter o atacante no clube de Riade, especialmente por questões comerciais e publicitárias, vai fazê-lo. A situação vai ser discutida de forma mais concreta nos primeiros dias de 2025. Do lado do jogador, por enquanto, a ideia passa por cumprir normalmente o contrato.

Recuperado da grave lesão no joelho esquerdo (ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco), o brasileiro voltou a jogar no começo de novembro, diante do Esteghlal, pela Champions League da Ásia, mas sofreu uma lesão muscular na coxa direita e não vai mais jogar em 2024.

Ainda na visão do Al-Hilal, um adeus amigável facilitaria o retorno do atacante de 32 anos para o futebol brasileiro. Nos bastidores, o jogador, inclusive, admitiu por diversas vezes o desejo de um dia voltar para o país de origem, sendo que a preferência passa por defender novamente o Santos, onde foi revelado, ganhou destaque internacional e está entre os maiores ídolos da história.

Caso seja mesmo consumada a saída de Neymar em breve, o clube saudita vislumbra uma outra contratação de repercussão mundial para o ataque. Algumas opções desde já são muito bem avaliadas, entre eles o egípcio Mohamed Salah, que vai deixar o Liverpool, e o português Rafael Leão, um dos destaques do Milan.

Reportagem

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