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Milly: Fla-Flu explodiu em emoção quando a alma da várzea invadiu o jogo
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Parecia mais um daqueles jogos confusos, altamente defensivos, em que gols sairiam apenas por acidente. Foi quase assim que o Fluminense abriu o placar e se manteve à frente até a metade do segundo tempo, mas sofrendo uma pressão incrível. E justamente quando a pressão era maior e o empate do Flamengo se desenhava no horizonte, o Fluminense achou o segundo gol. Tudo pelos pés do garoto John Kennedy, estrela da base que fazia seu primeiro Fla-Flu profissional.
Foi nesse momento que o jogo perdeu a gurmetização que só esquemas defensivos e tediosos conseguem ter e ganhou a alma da várzea. Os dois times se soltaram, passou a ser impossível entender estratégias e táticas, virou um deus nos acuda para os dois lados. O Flamengo fez o seu gol e a partir do 2x1 qualquer resultado passou a ser possível: 3x2 para o Flamengo, 4x1 para o Flu.
Se me perguntasse se o jogo foi bonito, eu responderia que foi porque há beleza na emoção, mesmo que ela não tenha ordem, estética, organização. Seria preciso que nosso futebol se apropriasse da várzea e de toda a vida pulsante que existe nela.
No final, vitória tricolor por 3x1. Um time de garotos, um time alegre e leve. Poderia ser um dos melhores do Brasil se Marcão encontrasse um meio de campo que não fosse povoado por volantes apenas, colocasse o Fluminense pra frente e não obrigasse os jovens atacantes a marcarem tão baixo.
Enfim, uma partida que faz justiça a esse que é um dos maiores clássicos do mundo.
No final, a torcida do Flu rende homenagem a Renato Gaucho, autor do gol de barriga que valeu título estadual sobre o Flamengo e treinador durante campanha da Libertadores que levou o Flu à final contra a LDU. Estádio com as duas torcidas presentes, cantoria para todos os lados, jogo pegado em campo, emoção com alma de várzea. Que jamais percamos a várzea de vista.
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