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Milly Lacombe

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

No ranking da covardia e da frouxidão, FIFA, Conmebol e CBF estão empatadas

Silhueta de mulher negra com o punho erguido - Liubov Trapeznykova/iStockphoto
Silhueta de mulher negra com o punho erguido Imagem: Liubov Trapeznykova/iStockphoto

Colunista do UOL

29/04/2022 15h24

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Nos últimos dias, vídeos que mostram torcedores em gestos e atos racistas estão por todos os lados. Na mesma medida, clubes, confederações, federações e demais entidades vão soltando furiosas notas de repúdio. "Não toleramos racismo", "lamentamos profundamente!", "absolutamente inaceptable" escreveu a Conmebol a respeito dos mais recentes crimes raciais em estádios. Tudo parte de um teatro de covardes. Um blablablá sem fim e sem resultados práticos. Deve haver dentro dessas organizações um departamento destinado a produzir notas de repúdio. Solta mais uma! Mais outra!

Vamos ao óbvio: não está funcionando. Essa reação verbal e acovardada tomada por executivos brancos dentro de suas salas fechadas não tem produzido nada de concreto na luta antirracista. Vão seguir fingindo que lutam ou vão entrar em campo e jogar esse jogo pra valer?

Basta desse ramirrâmi. É hora de agir. Eliminem os clubes cuja torcida protagonizar atos de racismo. Eliminem imediatamente. Não há nada de extremista nisso. Extremista é o racismo.

Não eliminam porque há muito dinheiro envolvido. Patrocinadores, contratos, campanhas. Então se entregam vorazmente apenas às notas de repúdio e segue o jogo.

Enquanto os clubes e a respectiva associação de cada país não forem co-responsabilizados e diretamente punidos nada mudará e os Ponzo da vida seguirão pagando suas fianças e indo tirar sarro em rede social.