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Milly Lacombe

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Será que o futebol ainda precisa da cabeçada?

Bryan Angulo marcou de cabeça o gol da virada do Santos sobre o U. Catolica-EQU - Ivan Storti/Santos
Bryan Angulo marcou de cabeça o gol da virada do Santos sobre o U. Catolica-EQU Imagem: Ivan Storti/Santos

Colunista do UOL

24/07/2022 11h24

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O colunista estadunidense Rory Smith levanta importante questão em texto recente publicado no New York Times e chega a afirmar sem firula que a cabeçada será excluída do futebol em futuro muito próximo.

Smith diz que o IFAB, instituto que analisa as regras do jogo, já estuda a iniciativa e que campeonatos mirins estão prestes a testar a possibilidade tirando por completo a cabeçada dos jogos. Cabeça vira mão.

A questão é complexa, mas sabe-se que estudos têm comprovado a relação entre cabeçadas regulares e doenças crônicas entre atletas profissionais.

Um dos mais recentes, de 2019, concluiu que jogadores de futebol com exceção do goleiro são três vezes e meia mais propensos a desenvolver doenças neurodegenerativas do que a média da população. Em 2021, outro estudo revelou que zagueiros são um grupo que apresenta risco ainda maior do que jogadores de outras posições.

Se a princípio a nova regra parece estranha eu convidaria você a imaginar um jogo sem cruzamentos. Talvez seja justamente essa a inovação necessária a revolucionar taticamente um jogo cuja última grande mudança tática foi a marcação alta e intensa, uma evolução do carrossel holandês que começou com Guardiola no Barcelona de Messi e Iniesta.

Depois do susto confesso que gostei muito da ideia. Não apenas pela saúde dos profissionais e de todos os que praticam esse esporte, mas também pela inauguração desse espaço para uma revolução.

Aqui você pode ler a coluna completa de Smith (ainda sem tradução): O futebol ainda precisa do cabeceio?