Topo

Milly Lacombe

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Num ano todo verde e rubro-negro, o Fluminense de Diniz faz sua revolução

Cano, do Fluminense, comemora gol contra o Goiás pelo Brasileirão - Thiago Ribeiro/AGIF
Cano, do Fluminense, comemora gol contra o Goiás pelo Brasileirão Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Colunista do UOL

09/11/2022 21h02

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Quase 36 mil pessoas viram no Maracanã a vitória de 3 a zero sobre o Goiás. Valia pouca coisa, digamos. Uma chance do vice-campeonato, mas nada além disso.

No campo, o time fez o que faz desde que Diniz chegou: pega a bola, toca, cria, triangula, ataca, não desiste. Demorou mas o primeiro gol saiu aos 32 do segundo tempo. Cano. Na sequência, mais dois.

Mesmo no período em que o jogo esteve zero a zero o que se viu foi um espetáculo tricolor.

Um time com vocação para atacar, que ocupa o campo com criatividade, que se movimenta freneticamente, que mete bola na trave, obriga o goleiro adversário a sair um pouco consagrado.

Do lado de fora, êxtase.

Uma vibração maluca que vinha desse diálogo com o que se vê em campo. Uma dialética cheia de beleza e de vida.

Entre os malucos e malucas das arquibancadas via-se Fred misturado aos alucinados que cantavam sem parar.

É assim que se constroi intimidade, alegria, confiança. O Fluminense teve um ano bastante cheio de fortes e boas emoções. Um ano que, a despeito da falta de um troféu nacional, vai ficar guardado com carinho no peito da torcedora e do torcedor.

Ao final do jogo, a torcida não saiu do estádio. Cantou e pulou por muito tempo, como se tivesse conquistado um título.

Torcedores de Flamengo e Palmeiras ganharam mais do que tricolores esse ano. Mas eu tenho muitas dúvidas se foram mais felizes.

Não temos como medir essas coisas, então fica na arena da opinião e do sentimento. O meu me diz que a torcedora e o torcedor do Fluminense foram extremamente felizes em 2022.

Que Fernando Diniz, Ganso, Cano, Nino, Manoel, André, Yago, Samuel e grande elenco possam erguer uma taça em 2023.