Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Num ano todo verde e rubro-negro, o Fluminense de Diniz faz sua revolução
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Quase 36 mil pessoas viram no Maracanã a vitória de 3 a zero sobre o Goiás. Valia pouca coisa, digamos. Uma chance do vice-campeonato, mas nada além disso.
No campo, o time fez o que faz desde que Diniz chegou: pega a bola, toca, cria, triangula, ataca, não desiste. Demorou mas o primeiro gol saiu aos 32 do segundo tempo. Cano. Na sequência, mais dois.
Mesmo no período em que o jogo esteve zero a zero o que se viu foi um espetáculo tricolor.
Um time com vocação para atacar, que ocupa o campo com criatividade, que se movimenta freneticamente, que mete bola na trave, obriga o goleiro adversário a sair um pouco consagrado.
Do lado de fora, êxtase.
Uma vibração maluca que vinha desse diálogo com o que se vê em campo. Uma dialética cheia de beleza e de vida.
Entre os malucos e malucas das arquibancadas via-se Fred misturado aos alucinados que cantavam sem parar.
É assim que se constroi intimidade, alegria, confiança. O Fluminense teve um ano bastante cheio de fortes e boas emoções. Um ano que, a despeito da falta de um troféu nacional, vai ficar guardado com carinho no peito da torcedora e do torcedor.
Ao final do jogo, a torcida não saiu do estádio. Cantou e pulou por muito tempo, como se tivesse conquistado um título.
Torcedores de Flamengo e Palmeiras ganharam mais do que tricolores esse ano. Mas eu tenho muitas dúvidas se foram mais felizes.
Não temos como medir essas coisas, então fica na arena da opinião e do sentimento. O meu me diz que a torcedora e o torcedor do Fluminense foram extremamente felizes em 2022.
Que Fernando Diniz, Ganso, Cano, Nino, Manoel, André, Yago, Samuel e grande elenco possam erguer uma taça em 2023.
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