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Seguranças da CBF e Dani Alves estragam momento grandioso para Neymar
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A imagem de uma criança croata indo consolar Neymar ainda em campo é comovente.
De imediato, seguranças da CBF correm e impedem que o garoto se aproxime. Uma ameaça de dez anos de idade? O garoto se assusta com a corrida dos seguranças, para e gesticula que está em missão de paz.
É uma criança que, evidentemente, quer apenas abraçar seu ídolo entristecido.
Uma criança que veste as cores do adversário.
Poucas coisas são mais comoventes do que o torcedor que abre espaço para acomodar o ídolo rival.
Mas um dos seguranças não baixa a guarda e, braço estendido, impede que a criança se aproxime de Neymar.
De longe, a criança insiste e dá um tchauzinho na esperança de ser notada por quem a interessa.
Neymar vê e abre os braços como quem diz "pode vir".
Nesse momento, Neymar está sendo emocionalmente fagocitado por Daniel Alves, que envolve o craque e, aparentemente, não tira os olhos do telão.
Neymar, rápida mas muito docemente, acolhe a criança. Só que, de pronto, o braço de Daniel Alves diz "chega, vamos".
Por que a pressa? Por que não deixar Neymar receber o carinho da criança? Por que não deixar que o abraço fosse completo e demorado? Por que não incentivar em vez de inibir?
O que poderia ser mais importante e fundamental naquele instante do que o abraço sincero de uma criança que poderia estar apenas celebrando mas que foi hospedar em seus braços o rival que ela tanto admira?
O que vale mais do que esse gesto?
Só quem já se ajoelhou para ficar da imensa estatura de uma criança e poder abraçá-la sabe os efeitos que esse acolhimento é capaz de oferecer.
Era apenas uma criança ofertando colo a um ídolo.
Eram, quem sabe, os anjos se manifestando lá de cima para mostrar que, mesmo no meio de uma tristeza colossal, pode existir beleza e solidariedade que vêm de onde a gente menos espera.
Não ter a sensibilidade para perceber o que estava em jogo é falta grave. Querer protagonizar um momento que não é seu, como fez Daniel Alves, é indigno.
Naquele instante, era a vida dizendo, através de um garoto croata, "você é maior, você vai superar, eu te admiro".
Mas seguranças da CBF e Daniel Alves não estavam nem aí para a grandiosidade do momento.
É de se lamentar.
Neymar, um gênio em campo cercado pelos interesses mais miseráveis da vida.
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