Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
A belíssima retranca do Fluminense de Fernando Diniz
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O Flamengo entrou em campo disposto a vencer: pilhado, acelerado, empolgado. Abusou da intensidade ofensiva e de faltas táticas.
Em pouco tempo o observador mediano notaria que as faltas estavam sendo usadas de forma planejada para impedir que o Fluminense saísse rapidamente ao recuperar a bola.
Falta é recurso tático legal. Um time pode fazer uso legítimo dele.
O que não é legal nem legítimo é o juiz ignorar e deixar de punir.
O Flamengo não levou um amarelo sequer mesmo fazendo mais de 20 faltas.
Gabigol deveria ter sido expulso pela pisada maldosa que deu em Ganso a um metro do assistente? Na hora. Foi? Não. Levou amarelo? Muito menos.
No Fluminense, que fez cinco faltas mesmo em desvantagem numérica, Ganso levou um amarelo e Felipe Melo foi justamente expulso no começo do segundo tempo.
Por que a arbitragem decidiu ignorar a quantidade de faltas praticadas em nome da tática pelo time rubro-negro? Por que puniu severamente (ainda que corretamente) apenas a equipe que quase não fez faltas?
No geral, a arbitragem prejudicou sensivelmente o que poderia ter sido um jogo histórico.
O Fluminense saiu de campo vencedor apesar do placar sem gols. Segurou o empate com um Flamengo cheio de ímpetos e tendo um homem a menos.
A ideia de Diniz não era jogar na retranca, claro. Mas o jogo se impõe como a vida e contingências nos obrigam a reprogramar a rota de forma inesperada.
O Fluminense foi brilhante e se organizou num sistema defensivo de impressionar fãs de Mourinho. É bastante coisa para um time " acusado" de ser irresponsavelmente ofensivo.
O Flamengo mostrou que com Gerson, Arrascaeta e Everton Ribeiro juntos pode jogar de forma sólida, ofensiva, criativa e intensa.
Tudo aberto para a partida da volta.
É torcer para que a arbitragem não seja tão permissiva e puna faltas como manda o regulamento para que possamos ver um jogo justo entre iguais.
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