Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
O fracasso do projeto bilionário do PSG é boa notícia para o futebol
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Messi está de saída. Neymar também. Começa o desmonte do PSG que pretendia ser um time multi-campeão mas que acabou sendo um colossal fiasco.
O futebol avisa que nem sempre o dinheiro farto e ilimitado vai prevalecer. Que um time é mais do que um apanhado de jogadores fora-de-série unidos por motivos estritamente financeiros.
É nos campos de várzea, nos campos de terra, nos campos de lama que vive a alma desse jogo que amamos.
A despeito dos bilhões, das festas luxuosas, das arenas de mármore, dos protocolos entediantes, dos DJs delirantes o futebol ainda passeia pelas arenas onde a vida é mais honesta, colorida e verdadeira.
O futebol resiste ao não se deixar capturar tão facilmente pelos bilhões que vêm das arábias.
O PSG, sonho megalomaníaco do Emir do Qatar e propriedade da QSI - Qatar Sports Investments, que é um braço da Qatar Investment Authority - deu em lugar nenhum. Não ficará na memória e só será citado como um time que fracassou.
O futebol resiste porque é uma metáfora da vida que, assim como a vida, não poderá resistir para sempre a menos que mudemos a rota.
Os petrodólares do oriente médio estão há mais de uma década em campanha para se apropriar do futebol mundial. Os planos são vastos: comprar times, montar elencos estrelares, comprar ligas (agora querem a do futebol brasileiro), sediar eventos mundiais.
O dinheiro compra tudo, diz o ditado.
Bem, não funcionou no projeto do PSG.
Messi, Mbappé, Neymar e grande elenco fracassaram na missão de transformar o PSG num time imbatível e multi-campeão. Empilharam canecos nacionais, e foi isso.
Não encantaram, não convenceram, não conquistaram.
O PSG flopou mesmo sequestrado pela grana das arábias.
É um bom sinal para quem acredita que o futebol não pode ser capturado dessa forma.
O futebol resiste nas frestas.
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