O debate vazio sobre Lucas e seu suposto gol de mão
O gol de Lucas está sendo visto por todos os ângulos, em todos os frames, em todas as velocidades, em todos os takes.
Foi mão, olha só! Bateu na coxa do Cassio, não tem dúvida. Mão, certeza. Coxa, obviamente.
Não há como fechar conclusão. Quem é de mão verá mão; quem é de coxa verá coxa. Muitos recortes da imagem serão disponibilizados para justificar essa ou aquela opinião. E estarão todos igualmente corretos e equivocados.
Pouco importa, na verdade. O jogo acabou, o São Paulo passou. Futebol não é um frame de jogada.
Algumas vezes o gol ilegal é validado. Salve, Maradona. Salve, Adriano. E o gol ilegal validado integra o folclore daquela partida.
Mas aí vem o VAR e, com ele, a ilusão de que a justiça prevalecerá. Acabou isso aí de gol de mão.
Não tem isso, agora sabemos. O VAR apenas aumenta a expectativa de justiça e com ela, portanto, a frustração.
Antes dele passávamos meses debatendo um lance sabendo, no fundo, que cada um teria a sua verdade. Quem torce distorce. E não é o VAR que vai resolver isso.
O Corintianos deveriam estar debatendo é como exatamente a defesa do time viu o São Paulo trocar confortavelmente bolas no ataque até que Lucas entrasse sozinho na cara do Cassio. Isso sim importaria debater em todas as suas miudezas de detalhes.
Opinião
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