A dura realidade: o Palmeiras pode levar Libertadores e Brasileirão
Aconteceu: o Botafogo derrapou e o Palmeiras, forte no segundo lugar, não dá sinais de que vai deslizar. O Brasileirão, depois de muitas rodadas, abriu. Sete pontos de diferença entre primeiro e segundo colocados, 15 rodadas a serem disputadas, 45 pontos em jogo.
A vantagem do alvinegro ainda é larga, mas temos que avaliar o que acontece em campo e, em campo, o Botafogo não está mais tão bem. E o Palmeiras, como há tempos, segue decisivo.
O toque de bola solto, o contra-ataque de almanaque, a segurança de que o gol sairá já não são mais qualidades palpáveis no Botafogo. O time-sensação abriu a guarda e a equipe mais regular e forte dos últimos anos estava à espreita.
Se corrigir a rota, o Botafogo volta a acelerar e leva por antecipação. Mas saberá corrigir?
Eu apontaria para dois caminhos.
O primeiro é o mental. Futebol é segurança acima de tudo e o Botafogo parece ter perdido a dele. Uma boa estrutura psicológica pode ajudar na retomada porque talento e elenco, sabemos, esse time tem.
A segunda seria a de escutar os jogadores. Eles sabem o caminho. Eles sabem o que enfrentaram para chegar onde estão. Eles sabem como fazer. Tentar, a essa altura do campeonato, emplacar um trabalho autoral, como parece ser o que Bruno Lage quer, não vai funcionar.
O campeonato ganha em emoção, mas a imensa torcida do Botafogo sofre um sofrimento que não precisara estar sofrendo.
A vantagem que era inalcançável já não é mais.
Pior: acelerando por fora temos o melhor e mais sólido time das Américas há alguns anos. Se fosse outro, o botafoguense poderia até contar com a falta de fôlego para chegar. Mas é o Palmeiras - e isso complica a situação. O Palmeiras, ouso prever, chegou.
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