O que o tricolor paulista significa para Nando Reis
Estive ao lado de 50 mil pessoas no Allianz Parque para ver a despedida dos Titãs no dia 23 de dezembro. Três horas de show, todas as músicas que embalaram os últimos anos da minha adolescência e de minha juventude foram magistralmente interpretadas, memórias passando como num filme diante de mim numa noite quente e limpa de verão paulistano.
O show foi emocionante do começo ao fim, mas eu desabei mesmo quando Nando Reis tocou no acústico Os Cegos do Castelo. Foi um dos momentos mais intensos que já vivi num estádio - e olha que já vivi dezenas deles.
Nando é um amigo querido com quem me encontrei na luta por um Brasil mais justo. Um poeta, um tradutor de sentimentos. Dias antes eu tinha mandado uma mensagem para ele perguntando se ele me falaria da importância do São Paulo em sua vida e ele disse que sim. Então esse texto é para localizar o tricolor na vida desse poeta que há mais de 40 anos nos alimenta de diversão e arte.
Embora Nando torça por um time que já ganhou tudo o que havia para ganhar (salve, Copa do Brasil) o gol mais importante que ele escolheu e o dia mais inesquecível em um estádio me surpreenderam. Ou nem tanto porque só são os poetas aqueles que nos lembram que a beleza e a importância das coisas está mesmo nos detalhes, no miudinho, nas frestas.
Eis aqui o que o São Paulo representa na vida de Nando Reis.
O que ou quem te fez são-paulino
Minha família é toda são-paulina: avô, pai, irmãos, 3 dos 5 filhos e 2 netos
Qual foi a maior emoção que o São Paulo já te deu
O primeiro título Mundial [em 1992. Nando tinha 29 anos]
Qual foi o gol mais importante para você
O de Serginho dando um chapéu no Carlos, no título Paulista contra a Ponte Preta [Em 1981. Nando tinha 18 anos]
Um dia inesquecível no estádio
O primeiro título que presenciei no estádio: Campeonato Paulista de 75, contra a Portuguesa
A maior tristeza já experimentada com o São Paulo
A perda do tri da Libertadores em pleno Morumbi
Um sonho que ainda não realizou e que envolve o São Paulo
Comemorar o título de tetracampeão mundial junto com filhos e netos
A camisa mais bonita desse time qual é para você?
A que tinha quando criança. Uniforme 1, de algodão com as listras costuradas em tecido, distintivo bordado; número 2 de meu primeiro ídolo, Pablo Forlán
O que o São Paulo representa na sua vida?
Uma paixão transcendental, única e incomparável. Um sonho que tem sido roubado da minha vida por sucessivas diretorias.
19 comentários
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Bruno Iury Fracchia
Grande Nando Reis, como bem escrevu o colega Marcel. Milly, eu também estive no Allianz neste histórico 23.12, me emocionei muito e, sim, quando desabei foi em Os Cegas do Castelo, com a fala do Nando Reis. Uma celebração à vida, a vitória e sobrevivência nossa de cada a dia, tão bem iconizada nas palavras do Nando e no icônico Branco Mello. E sou são paulino, não tinha idade para ver os 2 primeiros títulos, chorei na perde do tri, não vi o tri porque estava em coma num hospital (e sempre choro com o replays do gol do Mineiro) e estou estudando pra homenagear artisticamente um ícone do futebol mundial, o Sócrates. Desculpe o texto gigante e Feliz Natal pra você, sua família e pra todos os colegas leitores!
Marcel da Silva Sabino
Grande Nando Reis, um verdadeiro titã, que junto com seus colegas marcou a época mais intensa e gostosa de minha vida, a adolescência que, graças a Deus, vivi intensamente.
Luiz Carlos de Moraes Hecker
Nando, Andreas Kisser e Nasi, formam o gde trio de sãopaulinos do rock. Sem. claro esquecer do saudoso Marcelo Fromer!!!