Presidente do Fluminense coloca no chão a bola quadrada da grama sintética
O presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, deu uma coletiva para a imprensa nessa terça-feira, 30 de janeiro. O mandatário tricolor fez como sua amiga Leila Pereira (a quem ele, aliás, fez elogios) e ficou por quase duas horas respondendo todas as perguntas de modo bastante honesto e aberto. Vou destacar aqui o que disse Bittencourt a respeito da grama sintética, uma declaração que, na minha visão, está absolutamente certa.
Ele começou avaliando o efeito da grama sobre o jogo: "jogador fica mais lento, bola mais rápida", disse. Sabemos disso, claro, mas Bittencourt foi adiante e explicou que a dinâmica do jogo muda bastante, que os jogadores têm dificuldade para se adaptar, que o que parece pela TV ser um chute grosseiro para o gol que acabou indo parar na bandeirinha muitas vezes é culpa da grama sintética sim porque ela prende o pé do jogador e ele, por sua vez, perde o tempo da bola.
Depois ele tocou em outro ponto sensível: por medo de lesão, ele disse, muitos clubes poupam seus jogadores em gramados sintéticos o que, obviamente, favorece o dono do campo. Apenas para ilustrar: se um clube que joga em grama sintética for enfrentar o Inter Miami vai enfrentar um time sem Messi porque Messi não joga em grama sintética.
E, por fim, o melhor trecho a respeito da resposta ao argumento "temos grama sintética porque é mais barato". Bittencourt disse: "Se você tem um clube de futebol e não tem condição de manter um campo de grama você não pode ter um clube de futebol. Porque aí vira uma casa de show."
Bittencourt avisou que o Fluminense jamais teria grama sintética e perguntou retoricamente como um clube que gasta milhões com seu elenco não pode manter um campo de grama natural.
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