Grêmio e Fluminense fazem o jogo mais triste do Brasileirão
O primeiro tempo de Grêmio e Fluminense, no castigado gramado de Caxias do Sul, debaixo de um frio intenso e de oito mil testemunhas, foi pura tristeza. Times cabisbaixos e deprimidos que não conseguiam acertar uma sequência de passes no meio de campo. No segundo tempo o Fluminense voltou melhor. O garoto colombiano Jan Lucumí, de 19 anos, deu vida ao time e os ataques passaram a ser regulares. O Grêmio seguia sem acertar nada. Mas como o futebol é o campo do improvável, foi nessas circunstâncias que o tricolor gaúcho abriu o placar.
Como um time emocionalmente destruído poderia reagir mesmo melhor em campo? A imagem de Marcão, o treinador interino do Fluminense, no banco ao lado de seus assistentes tentando entender o que fazer para tentar empatar era o retrato da tristeza. Os três em silêncio, com olhares perdidos e desamparados.
Em campo, o Fluminense ainda era melhor, mas o peso da necessidade de marcar impedia que as finalizações saíssem com precisão. Há seis meses esse time foi campeão da América; hoje não conseguiu se impor nem mesmo contra o enfraquecido Grêmio. Nesse 30 de junho, deu Grêmio em uma das partidas mais tristes desse torneio. Para piorar, o melhor jogador do Fluminense nesse encontro tão melancólico foi expulso no fim do jogo: Jan Lucumí.
O Fluminense vai precisar de um choque de gestão e de realidade para tentar renascer. Dessa vez, seguir com Marcão talvez não seja o caminho. O elenco está entristecido, devastado, dilacerado, perdido, confuso, destruído. O Grêmio ainda pode se recuperar com Renato no comando, mas é também um time cabisbaixo e sem ideias.
O Fluminense é o último colocado; 6 pontos em 13 jogos. O Grêmio dorme na 18º colocação: 10 pontos em 11 jogos. Estamos falando do campeão da América e do vice do Brasileirão de 2023.
Agora os dois tricolores se enfrentam na Libertadores. Um deles ganhará vida extra; o outro descerá mais um círculo do inferno. Se nada mudar, é certo que farão clássicos na Série B em 2025.
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