Noticiário que vem do Parque São Jorge não tem precedente no futebol
Na sexta-feira, 5 de julho, Marília Ruiz informou com exclusividade na abertura do Fim de Papo que Fred Luz, o badalado CEO que o Corinthians anunciou, havia dado uma coletiva ainda sem contrato assinado. Agora, como era de se esperar, parece que o acordo pode melar porque, naturalmente, todo o conflito de interesses que existe na contratação de Luz - sócio da Alvares&Marçal, empresa jurídica que atua para clubes e também para a Liga Forte - viria à tona cláusula atrás de cláusula.
Ramon Diaz, a despeito de ser o nome errado no momento errado para assumir à beira do campo essa treta toda, dá sinais de que a confusão na escolha de um novo treinador - é Carille? É Diaz? - o incomodou e talvez ele mesmo recuse o convite se existir um. O interino no comando chegou ao clube há poucos dias, para substituir Danilo, treinador demitido da base.
O patrocinador se escafedeu diante da suspeita de corrupção, assim como boa parte da diretoria. Quem ficou, por mais absurdo que pareça, foi mesmo apenas o maior suspeito de envolvimento no escândalo do suposto desvio de dinheiro.
O goleiro titular é um jovem promovido no susto depois que Cassio foi quase chutado em direção a Toca da Raposa mesmo diante do conhecimento de que Carlos Miguel, seu reserva imediato, talvez saísse porque tinha uma multa contratual ridícula.
Em campo, mais tragédias.
Um time apequenado, encolhido e amedrontado que joga quando a torcida - essa instituição - arremessa sua alma em campo e canta mesmo inundada de dor.
Nas contas, só dívidas colossais.
Não existe saída, essa é a verdade. A oposição é composta de pessoas que trouxeram o Corinthians para essa situação de hoje. A tragédia seria aprofundada se voltassem. Seria o momento de o time buscar alternativas criativas, novos dirigentes, um conselho diverso e mais feminino que tenha a cara de quem ama essa camisa.
Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
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