As ruínas do time masculino do Corinthians chegaram ao feminino?
Venho argumentando que é uma questão de tempo para que a crise do futebol corintiano atinja a única coisa que está funcionando por lá nos últimos anos: o futebol feminino. Não me parece razoável achar que a atual diretoria vá se empenhar em manter as estruturas vencedoras que envolvem o CT das mulheres.
Com as saídas de Arthur Elias e de Cris Gambaré, a dupla que elevou o time feminino a uma potência continental e que foi para a CBF, seria fundamental que o legado deles fosse preservado. Como a administração de Augusto Melo pouco fala do futebol de mulheres fica claro que não há, por parte deles, interesse em olhar com os devidos respeito e carinho para essa parte do futebol corintiano.
No sábado, 17 de agosto, as Brabas perderam de 7x2 para o Cruzeiro. Uma goleada nesses termos não se justifica mesmo sem a volta das corintianas que estiveram em Paris. Não tem como o melhor time do continente sofrer uma derrota desse tamanho. A lama que desce pelas ruas do clube são tão densas que fica difícil encontrar uma saída para as mulheres.
Com a volta das medalhistas de prata, o time terá chances de se reencontrar, mas a goleada parece ser um sinal claro de que as ruínas produzidas pelos homens atingiram o campo do time de mulheres. Seria o fim dos tempos se isso acontecesse. O Corinthians feminino tem sido, nos últimos anos, a única boa notícia para quem ama esse escudo. E pior: não me parece que, dentro do Parque São Jorge, Augusto Melo e sua turma estejam ligando a mínima para as Brabas.
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