Fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor
Quando Marcelo Adnet fez seu show evocando Beth Carvalho eu pensei: difícil tirarem esse título do Botafogo. Não se usa o nome de uma estrela dessa magnitude impunemente ou em vão. Adnet escolheu usá-lo com amor e responsabilidade. Era dia de Botafogo e ninguém, morto ou vivo, seria capaz de tirar a taça das mãos da estrela solitária.
A expulsão de Gregore aos 30 segundos de jogo me fez achar que aquela minha intuição estava errada. Mas não estava. O Botafogo, abençoado, recuou e colocou o coração em campo. Deu aula defensiva, aula de contra-ataque, aula de controle emocional. Fez dois gols porque Luiz Henrique é joia do futebol brasileiro. Uma joia que o Fluminense deixou sair como quem deixa sair alguém comum e substituível. Não é, e era fácil demais saber disso.
O Botafogo que fracassou imensamente em 2023 é o mesmo que voltou de forma arrebatadora em 2024. É o melhor time da América e deixa uma lição para quem estiver atento. Uma lição que Samuel Beckett, o escritor irlandês, já havia adiantado: Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez. Fracassa de novo. Fracassa melhor.
É o caminho para as conquistas mais memoráveis. Tá escrito. Não tem volta. Foi feito.
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