Cruzeiro pode provar que a diferença entre o maluco e o gênio é o sucesso
O Cruzeiro está fazendo uma profunda reformulação em seu elenco. Ao estilo Diniz, a Raposa vem contratando jogadores bastante técnicos e nem tão jovens. Gabigol, Dudu, Fagner, Eduardo e Cassio. Chega também Marquinhos (ex Flu). Que time é esse que vem aí?
Marlon, William, Zé Ivaldo, Kaio Jorge e o craque Matheus Pereira já estavam por lá e tudo indica que ficarão. Todos jogadores acima da média. Mas, como sabemos, o Dinizismo exige um tipo de coletividade que não tem sido comum no futebol brasileiro. A menos que Diniz abandone suas ideias - eu duvido - muitos desses jogadores terão que adaptar seus estilos ao jogo solidário do treinador.
Não há espaço para muito debate a respeito da capacidade técnica de cada um deles. Se a questão fosse essa em relação ao jogo é óbvio que o PSG de Messi, Mbappé e Neymar teria sido um time inesquecível e o City jamais derraparia como derrapou nas últimas semanas. Tampouco o jogo seria atraente. A questão toda é fazer do elenco um time. E isso passa por estabelecer relacionamentos, convivência, diálogo. Passa por encaixar vaidades e egos pesados em um grupo coeso.
Eu diria que o desafio de Diniz é uma imensidão. Se der errado, vão dizer que o projeto era uma maluquice desde sempre. Se der certo, vão dizer que era genial. Teremos que esperar para ver.
De concreto mesmo o que temos é um clube ainda bastante endividado - entre os cinco mais endividados do Brasil - que mesmo assim não para de contratar. O noticiário gosta de enfatizar que a SAF Cruzeiro reduziu muito suas dívidas. Sabemos como uma SAF reduz dívida. Renegociando e negligenciando o que é devido a trabalhadores a ao Estado. Qualquer um de nós seria capaz de reduzir dívidas com essa marmelada. É legal, claro. Mas é moral?
Quem se importa? O que importa é ganhar, ganhar, ganhar. E se o Cruzeiro fizer desse elenco de achados e perdidos um time campeão tudo isso ficará para trás. Eu duvido? Como Dinizista, não duvido. Secretamente, até torço para ver esse elenco virar time e jogar para encantar. Na miúda já até comprei uma camisa do Cruzeiro na loja do Museu do Futebol, em São Paulo. Retrô. Linda demais. Vai que.
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