Milly Lacombe

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OpiniãoEsporte

Quem disse que a CBF precisa de um outro homem de negócios no comando?

Ronaldo desistiu de ser presidente da CBF. Como já escreveu minha colega Alicia Klein, foi uma campanha secreta que, desde cedo, mostrou que não iria vingar. Ronaldo talvez não se importe. A jogada política nem sempre é aquela que vemos em primeiro plano.

Ronaldo, Ednaldo, Teixeira, Marin, Cabloco, Del Nero. Qual a diferença entre eles? Mais fácil falar das semelhanças. Todos homens de negócio. Gestores. Administradores.

O que fizeram por nosso futebol? Eu acho que a resposta está nessa linha do tempo que tirou o Brasil do protagonismo e o transformou em "mais um". O futebol padece; a vida deles floresce.

Ednaldo é diferente? Eu gostaria de achar que sim, mas os resultados me desmentiriam.

Precisamos de mais homens de negócios à frente de nossa maior instituição ou vamos finalmente compreender que o futebol é mais do que uma empresa que visa o lucro?

E se pensássemos em outro sujeito político para a presidência da CBF? Uma mulher. Opções existem. Cris Gambaré, por exemplo, revolucionou o futebol feminino do Corinthians e está hoje na CBF. Por que não ela?

Ronaldo é, atualmente, um homem de negócios. Todo homem de negócios está envolvido em questões políticas e tem interesses que conflitam com a saúde do esporte. A arrancada quase secreta de Ronaldo pelo comando da CBF contém mistérios que o tempo desvendará. Enquanto isso, e se a gente tentasse de fato mudar?

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.