A confissão racista de Alejandro Domínguez
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A Libertadores é o Tarzan. O Brasil é a Chita.
A imagem, longe de ser ingênua, carrega uma confissão.
Ao dizer que Libertadores sem Brasil é como Tarzan sem Chita o presidente da Conmebol confessou o que pensa sobre o racismo.
Ele não se opõe. Ele brinca. Ele ri. Ele debocha. Ele tolera.
Antes, em discurso oficial, Domínguez já tinha dito que o racismo é uma questão social e que a Conmebol faz tudo o que pode. Traduzindo: parem de me encher sobre racismo. Isso não é um problema do futebol.
De fato, o problema é social. Mas não estamos aqui para vomitar obviedades. Estamos aqui para compreender a importância do futebol, seu potencial de transformação, sua capacidade de dialogar com multidões e suas obrigações civis. O problema é também do futebol dado que ele existe dentro dessa mesma sociedade que o enriquece.
Depois do falatório oficial e protocolar, mais relaxado, o presidente da Conmebol deixou o racismo falar mais alto. Em tom de piadinha, mas tão real que ficou impossível ignorar.
Domínguez foi traído pelo ato falho. Confessou. E agora precisa ser afastado. Qualquer coisa menos do que o afastamento é cumplicidade com o racismo.
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