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Milton Neves

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Milton: Basta! O futebol brasileiro não pode ser refém do Flamengo!

Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, concede entrevista no Ninho do Urubu - Alexandre Vidal/Flamengo
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, concede entrevista no Ninho do Urubu Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

15/09/2021 10h21

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Nos anos 1970, ficou muito popular no Brasil a tal "Lei de Gérson".

E isso porque o genial meia da seleção fez uma propagandinha inocente de uma marca de cigarro, algo comum à época.

O texto, que citava algo sobre "levar vantagem em tudo", certamente foi escrito por algum publicitário da campanha.

Mas Gérson foi quem ficou queimado com a opinião pública.

Mas já passou da hora de deixarmos de usar o termo "Lei de Gérson" para falarmos sobre alguém que quer levar vantagem em tudo.

Hoje em dia, seria mais adequado usarmos "Lei do Flamengo".

Sim, porque é impressionante como o Rubro-Negro se acha a última bolacha (biscoito, para os cariocas) do pacote.

Em tudo a diretoria do clube da Gávea quer ser beneficiada.

Lutou, no ano passado, enquanto o Maracanã servia como hospital de campanha para atender as vítimas da covid-19, para voltar com o futebol no Brasil.

Naquele momento, o "Mais Querido" não queria perder o embalo que tinha conquistado com Jorge Jesus, que logo deu no pé e voltou para Portugal.

Depois, quis passar a perna em todo mundo nos assuntos referentes aos direitos de TV.

E agora, quer simplesmente ser o único clube brasileiro a mandar seus jogos com torcida no Brasil.

Ora, daqui a pouco vai pedir para que os rivais joguem com as pernas amarradas.

Ou então vai querer entrar com 13 jogadores contra 10 de seus adversários.

Ah, vá tomar banho na soda…

Por isso, fiquei muito feliz ao saber da mobilização dos demais clubes da Série A contra o Rubro-Negro.

Quer tudo de mão beijada, Fla?

Então que jogue o Brasileiro sozinho!

E como bem disse o meu amigo Renato Maurício Prado aqui no UOL, os dirigentes flamenguistas estão conseguindo transformar o "Mais Querido" no "Mais Odiado".

Os cartolas do clube da Gávea parecem meninos mimados donos da bola da pelada: se a regra não for como eu quero, não tem jogo.

Aí não dá, né?

O futebol brasileiro não pode ser refém do Flamengo!

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