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Milton Neves

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Ora, Abel, o 'olé' é quase tão importante ao futebol quanto a bola

Abel Ferreira durante Barcelona-EQU e Palmeiras, pela Copa Libertadores 2023 - Cesar Greco/SE Palmeiras
Abel Ferreira durante Barcelona-EQU e Palmeiras, pela Copa Libertadores 2023 Imagem: Cesar Greco/SE Palmeiras

08/05/2023 12h12

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Abel Ferreira ainda não pode ser considerado o MELHOR técnico da rica história do Palmeiras.

Afinal de contas, já passaram pelo Palestra nomes como Felipão (campeão do mundo), Luxemburgo (excepcional), Minelli (multicampeão com diversos times), entre tantos outros.

Mas que o português é o MAIOR treinador do Verdão, disso eu não tenho dúvidas.

Bem, só que às vezes, em suas coletivas, Abel Ferreira acaba se metendo em assuntos desnecessários.

Teve uma vez que quis dar aula de jornalismo a alguns colegas.

Não que muitos não precisem, mas não seria ele o professor mais indicado.

E ontem, após a sonora goleada palmeirense diante do Goiás, ele quis dar um pitaco sobre os gritos de "olé" da torcida alviverde.

"Eu venho habituado de uma cultura diferente. Eu não gosto. Isso para mim é desrespeitar o adversário. Quando nosso time está com a bola e nosso torcedor grita `olé´, isso para mim é desrespeitar o adversário. Nosso torcedor é soberano e tem a decisão de fazer o que quiser. Eu prefiro que nosso torcedor continue a puxar para o nosso time, cantar nossos cânticos", opinou o correto treinador.

Mas sabe, Abel, nessa eu acho que você foi mal demais.

Pense bem: no jogo de ontem, além das organizadas, o palmeirense que estava no estádio era aquele que mora longe de São Paulo.

Quase nunca tem a oportunidade de ver seu time jogar.

Aí, quando tem, vê uma goleada como a de ontem e não pode nem gritar um "olé"?

Ora, claro que pode!

E o grito de "olé" é quase tão importante para o esporte bretão quanto a bola.

Fez, faz e seguirá fazendo parte da festa da torcida.

E o time que estiver do outro lado tem que entender e levar numa boa.

Afinal, o mundo da bola dá voltas e, em uma outra oportunidade, ele poderá revidar a provocação.

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