O que o Fla de Filipe Luís teve que o de Tite não tinha? Eu explico
Ontem, diante do Corinthians, o Flamengo de Filipe Luís em nada lembrou a equipe comandada por Tite até a última segunda-feira.
Sob o comando de Adenor, nos últimos tempos, o Rubro-Nengro entrava em campo como se estivesse com um peso de 10kg amarrado nas pernas.
As trocas de passes eram ineficientes, a defesa era menos segura que nadar em rio de piranha com sangramento na perna, o meio-campo tinha a criatividade de um poste e o ataque precisava de um GPS para encontrar o caminho do gol.
Mas na última quarta-feira as coisas foram diferentes.
O Flamengo jogou com intensidade, antenado e para frente, como uma equipe tão qualificada tem obrigação de fazer.
Só não enfiou seis ou sete por ter feito a burrada de emprestar Hugo Neneca para o Corinthians...
E é claro que agora muitas hipóteses estão sendo levantadas para tentar explicar como uma equipe que não jogava absolutamente nada com Tite pôde ter atuado de forma tão convincente com Filipe Luís.
Para muitos, o desempenho de ontem provou que o grupo de jogadores quis derrubar Adenor.
Mas eu não tenho certeza disso, até por se tratar de uma acusação grave.
Para mim, a explicação é muito simples e eu vou resumir para vocês.
No futebol, e em todo tipo de esporte, três forças precisam conviver em harmonia: a técnica, a física e a psicológica.
Quando há um desequilíbrio neste trio, a força deficiente puxa as demais para baixo.
E era nítido que o Flamengo, psicologicamente, andava em frangalhos.
Com Tite, a equipe entrava em campo como se já estivesse derrotada, e quando a situação chega neste ponto é muito difícil de reverter.
Só é possível com o que chamamos de "fato novo", que foi o que a diretoria, acertadamente, encontrou ao substituir Tite por Filipe Luís.
A pergunta agora é: será que este tal "fato novo" tem prazo de validade?
Aguardemos os próximos capítulos...
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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