Milton Neves

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Opinião

No dia de Vini, gritemos também por Garrincha

28 de outubro de 2024.

Um dia que promete ser especial para o futebol brasileiro.

Vinicius Júnior, o craque do Real Madrid, provavelmente será o primeiro atleta de nosso país a receber uma Bola de Ouro desde a conquista de Kaká, em 2007.

Merecidíssimo para a jovem cria do Flamengo, que passou por fortes humilhações na Espanha até atingir o patamar mais alto do futebol mundial.

Mas eu quero aproveitar a festa de nosso futebol para fazer um apelo.

Por um outro brasileiro, que nascia há exatamente 91 anos em Pau Grande, Rio de Janeiro.

É claro que estou falando de Manoel Francisco dos Santos, o Garrincha, a Alegria do Povo.

Acontece que, nos últimos tempos, descansando em período sabático de rádio e TV, tenho acompanhado muito conteúdo nas redes sociais sobre o esporte bretão.

E, como deve aparecer muito para vocês também, vira e mexe o algoritmo me manda vídeos de personalidades ou de anônimos escalando seus times ideais ou listando os melhores jogadores de todos os tempos.

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E é impressionante como absolutamente NINGUÉM lembra de Mané Garrincha!

Gente, isso é uma vergonha!

Como pode o jogador mais hábil, mágico e puro da história da bola estar sendo esquecido desta forma pelas novas gerações?

E a culpa, de verdade, não é da garotada que tem surgido por aí.

Nós, que vimos, vibramos e nos emocionamos com Mané que não estamos sabendo fazer o nosso papel.

E devemos a Garrincha tal esforço!

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O maior camisa 7 da história merece que a gente se empenhe e grite ao mundo o óbvio.

Ou seja, que NÃO EXISTE fazer uma lista com, por exemplo, os 10 maiores jogadores de todos os tempos sem Mané.

Não existe!

E isso reflete bem a forma que o brasileiro trata seus ídolos.

Fosse argentino, senhoras e senhores, vocês podem ter certeza que nossos hermanos jamais deixariam Garrincha cair no esquecimento como nós temos feito nos últimos anos.

Portanto, neste dia de consagração de Vini Júnior no mundo, gritemos, berremos e esperneemos também por Mané.

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Pois quem não valoriza os grandes nomes do passado, merece demais os inexpressivos atletas que hoje vestem a camisa de nossa seleção.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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