Fazer cera no futebol atual é pura burrice!
E a cera no futebol, hein?
Aliás, por que quando um time "tranca" o jogo também com o goleiro fingindo contusão ou demorando para recolocar a bola em jogo é dito por todos nós que se está praticando "cera"?
O que tem a ver "cera" no futebol com minutos "comidos", sumidos, não jogados, sonegados ou fingidos?
Sei lá, mas hoje a cera virou tiro no pé do praticante.
Notem que, quando sobe a placa "dos descontos", a temperatura do jogo aumenta e cresce o entusiasmo dos torcedores e do time que está perdendo ou empatando, normalmente em casa.
A "placa do quarto árbitro" virou uma atração à parte na base do "é nossa última esperança" e novas forças brotam da grama do estádio.
E observem o tanto de gol que passou a acontecer aos 47, 49, 50, 52 ou 54 minutos de jogo após essa feliz invenção da Fifa.
É que esse "tempo extra" acrescentou um alento especial, com o jogo ficando no período mais elétrico, frenético e até nitroglicerínico.
Senhores técnicos, o "tempo extra" é muito mais perigoso para o time "cerista" do que os mesmos minutos normais, tivessem sido eles jogados dentro dos 45 regulamentares, aprendam.
E isso foi ótimo também para o time vítima da cera, para o torcedor que não viu ou veria todo o jogo de 45 minutos normais e, principalmente, para o árbitro!
Sim, antes desta "placa do tempo extra", os coitados dos juízes não tinham moral e nem coragem de dar cinco, sete, oito, nove ou 10 minutos "de descontos".
Agora, ninguém reclama, acata-se.
Antigamente, não!
Todos os goleiros, como o saudoso Miguel, da Lusa e do Juventus, Machado, do Botinha, e principalmente Emerson Leão, "comiam" em média 10 minutos do segundo tempo.
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E ali pelos 43, 44 da segunda etapa, o técnico do time da cera levantava do banco, os reservas faziam o mesmo, a arquibancada gritava "acabou, acabou" e o juiz, pressionado e sem "placa do tempo extra", à época, acabava o jogo aos 45 e meio ou 46 minutos em grandes sacanagens.
Portanto, "jogadorzaiada", vamos usar a cabeça!
Hoje, para "matar o tempo", é melhor jogar, tocar a bola e envolver o adversário do que "se fingir de morto" (ou de machucado).
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