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Mulheres brasileiras roubam a cena do MMA neste fim de semana

Cris Cyborg, brasileira campeã do Bellator - Lucas Lima/UOL
Cris Cyborg, brasileira campeã do Bellator Imagem: Lucas Lima/UOL

Colunista do UOL

22/04/2022 21h07

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Um marco importante para o esporte brasileiro será estabelecido neste final de semana nos EUA. Se há poucos anos o MMA feminino ainda não era abraçado pelos maiores shows do mundo, as duas maiores organizações de esportes de combate contarão com lutadoras liderando seus cards, e com destaque especial para as nossas representantes.

A começar pelo Bellator, segundo maior show de MMA do mundo, que promove duas edições no Havaí. Nesta sexta-feira (22), o show conta com a invicta brasileira Juliana Velasquez defendendo seu título dos pesos-moscas (57 kg) diante da americana Liz Carmouche. Favorita para o confronto, a atleta dá o pontapé inicial para os cards liderados pelas mulheres.

No dia seguinte, será a vez de Cris 'Cyborg' defender o cinturão dos pesos-penas (66 kg) contra a australiana Arlene Blencowe, em revanche do duelo realizado em 2020. Com dificuldades para encontrar rivais à altura, a brasileira segue ampliando seu legado de destaque no cenário internacional.

Dentre seus feitos, Cris carrega no currículo títulos conquistados nas quatro maiores entidades que já promoveram combates de MMA feminino: UFC, Bellator, Strikeforce e Invicta. A supremacia é tamanha que a curitibana acumula um cartel com 25 vitórias e apenas dois reveses - ambos contra compatriotas, sendo o último deles diante de Amanda Nunes, no UFC.

Foi graças a ela, aliás, que o UFC criou a divisão dos penas, uma vez que a Cyborg não conseguiu cortar peso para se apresentar entre os galos (61 kg). Os anos de domínio esbarram apenas na derrota para Amanda e na dura relação com Dana White, que culminou com a sua transferência para o Bellator no começo de 2020.

Mas quebrar barreiras não é exclusividade da curitibana. Jéssica Andrade, com apenas 30 anos, já tem muita história para contar. Ex-campeã dos palhas (52 kg) do UFC, a paranaense já se apresentou em outras duas divisões no evento em que atua há nove anos. Por sinal, 'Bate-Estaca' foi a primeira brasileira a entrar no octógono do UFC, em julho de 2013.

De lá para cá, ela se tornou uma das atletas mais ativas e destemidas do MMA, tanto que fará, neste sábado, seu terceiro main event na organização. Sua rival será a compatriota Amanda Lemos, invicta na categoria e dona de uma sequência de cinco vitórias no octógono, comprovando a elevada moral das brasileiras no esporte.

Dentre as 15 atletas listadas em cada uma das três categorias femininas que contam com ranking no UFC, seis representam o Brasil entre as palhas, quatro entre as moscas e outras quatro entre as galos. A divisão dos penas, ainda sem ranking, tem Amanda Nunes como campeã. Não é de hoje, mas vale sempre lembrar, que o Brasil é o país das lutas!