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Como Do Bronx se tornou o maior nome do MMA brasileiro na atualidade
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Por anos, coube a Anderson Silva a responsabilidade de liderar o MMA no Brasil. Mesmo após perder o cinturão do UFC, sofrer algumas derrotas e enfrentar dois casos de flagra em exames antidoping, o peso-médio (84 kg) seguia como nome mais famoso do país no octógono e era dono de expressivas marcas de audiência e engajamento entre os fãs. Mas após o Spider deixar o evento no final de 2020, a missão de estampar o esporte no Brasil com seu rosto já tem um novo dono.
Charles do Bronx conquistou o cinturão dos pesos-leves (70 kg) em maio de 2021, defendeu seu posto em dezembro daquele ano e, no último final de semana, voltou a vencer em uma conturbada sequência de acontecimentos que culminou com a falha na balança e a perda de seu cinturão. Foram apenas 200 gramas acima do limite da categoria que acabaram trazendo ainda mais visibilidade para o evento. Com o palco montado, o show durou pouco mais de três minutos, mas a sua repercussão segue a todo vapor.
Não é exagero nenhum apontar o menino do Guarujá como o maior nome do MMA da atualidade no Brasil. Em rápida comparação, nenhum outro nome da atualidade alcança as mesmas marcas de Charles, nem mesmo os campeões Deiveson Figueiredo, Glover Teixeira e Amanda Nunes. E as razões são diversas, a começar pelo próprio Charles.
Por ser novo, apenas com 32 anos, o atleta dá a entender que pode trazer alegria aos fãs por muito mais tempo. Além disso, o fato de competir no UFC desde 2010 lhe garante história e feitos no octógono mais famoso do mundo - já são 30 lutas na organização e importantes recordes colecionados. Somando o passado volumoso e o futuro promissor ao sólido momento que atravessa, o atleta cai como uma luva para os anseios da torcida.
Agressivo no octógono e carismático fora dele, Do Bronx não foge de entrevistas, dispara gírias que se tornam virais nas redes sociais e carrega história de vida e de superação que são comuns no país. É fácil se conectar à sua realidade e entender a mensagem que ele tanto repete sobre não desistir dos próprios sonhos. Afinal, ele agora pode viver o seu.
Tais características listadas nesta coluna não podem ser encontradas com tanta profundidade e de forma simultânea seja em Deiveson Figueiredo, Amanda Nunes ou Glover Teixeira, atuais campeões brasileiros do UFC. E são elas que ajudam a explicar a recente explosão de popularidade de Charles, que ainda por cima mora e treina no Brasil, e é embaixador oficial do Corinthians, seu time do coração e de forte apelo junto à massa.
Não à toa, seus números falam por si só. Enquanto Amanda, Glover e Deiveson, somados, possuem quase 2,3 milhões de seguidores no Instagram, Do Bronx atinge a marca de 3 milhões até o fechamento deste texto - pouco antes de disputar o título no ano passado, o perfil do atleta era acompanhado por cerca de 600 mil fãs. Apenas a título de comparação, José Aldo, futuro Hall da Fama do UFC, tem 2,7 milhões na mesma plataforma.
Ex-campeão do UFC e lutador ativo no plantel da companhia desde 2011, Aldo fez parte da 'geração de ouro' do MMA nacional, quando Anderson, Shogun, Lyoto Machida, Junior Cigano, Minotauro e ele próprio dividiram o noticiário do esporte. Passou da hora de passar o bastão para a geração atual, e não existe nome melhor para carregar tal responsabilidade do que Charles Do Bronx.
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