Uso de balança digital no UFC não é novidade, mas deveria ser regra

Apesar de pouco midiático, o card do UFC Long Island, evento marcado para este sábado (16), contou com uma cena curiosa durante sua pesagem oficial na manhã desta sexta-feira. Afinal, os 24 atletas escalados para o show registraram suas marcas ao subirem em uma balança digital. Isso mesmo!

A prática, verdade seja dita, não é nenhuma novidade, mas deixa claro que não existe razão para que balanças de precisão ainda sejam utilizadas no MMA. Impossível não lembrar, por exemplo, da polêmica que envolveu Charles do Bronx em sua última apresentação no octógono. Um dia antes de finalizar Justin Gaethje, o atleta brasileiro estourou o limite dos pesos-leves por cerca de 200 gramas e perdeu o cinturão.

Desde então, o atleta e sua equipe afirmaram repetidas vezes que o erro foi dos responsáveis por fiscalizar a balança: 1- pois a balança utilizada pelos atletas ao longo da semana teria sido desregulada; 2- já que a balança de precisão, ou o fiscal, não indicou nenhuma perda de peso de Charles mesmo após ele ter feito sauna durante a hora extra e após ser se pesado nu.

O segundo ponto, fatalmente, teria sido alterado pelo uso de balanças digitais pelo simples fato dela ser automática, considerar mais casas decimais e por não precisar do auxílio de nenhum membro da organização. O atleta sobe no aparelho, ele calcula seu peso e pronto, o registro oficial está feito e nada pode ser alterado.

O que é importante ressaltar aqui é que as pesagens não são de responsabilidade do UFC - e o mesmo vale para eventos de boxe e de outras organizações de MMA. As decisões, na verdade, são tomadas pelas Comissões Atléticas locais, ou seja, a escolha (acertada) de adotar balanças digitais para a pesagem do card em Long Island partiu do órgão regulador do estado de Nova York. Assim como a de insistir com as balanças de precisão no show em Phoenix, o que pode ter custado o cinturão de Do Bronx, foi da ‘Arizona Boxing Commission’.